Amazon confirma ter iniciado processo para demissão em massa
Fontes dizem que 10 mil funcionários foram afetados, especialmente na equipe de dispositivos e serviços da empresa
A Amazon confirmou na quarta-feira (16) que as demissões começaram na empresa, dois dias depois que vários pontos de venda informaram que a gigante do comércio eletrônico planejava demitir cerca de 10.000 funcionários esta semana.
Os cortes iniciais na Amazon afetarão as funções na equipe de dispositivos e serviços, de acordo com um memorando compartilhado publicamente por Dave Limp, vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon.
“Depois de um profundo conjunto de revisões, recentemente decidimos consolidar algumas equipes e programas. Uma das consequências dessas decisões é que algumas funções não serão mais necessárias”, disse Limp.
“Notificamos os funcionários afetados ontem e continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com cada indivíduo para fornecer suporte, inclusive ajudando a encontrar novas funções”.
Limp não especificou quantos funcionários foram cortados.
A porta-voz da Amazon, Kelly Nantel, disse à CNN Business em um comunicado que a empresa analisa todos os seus negócios como parte de um processo anual de revisão operacional.
“Enquanto passamos por isso, dado o atual ambiente macroeconômico (assim como vários anos de contratações rápidas), algumas equipes estão fazendo ajustes, o que em alguns casos significa que certas funções não são mais necessárias”, acrescentou Nantel.
Ela continuou: “Não tomamos essas decisões de ânimo leve e estamos trabalhando para apoiar todos os funcionários que possam ser afetados”.
Na noite de terça-feira (15) até a manhã de quarta-feira, muitos trabalhadores demitidos da Amazon postaram publicamente no LinkedIn que foram afetados pelos cortes de empregos e estavam procurando trabalho.
Algumas dessas postagens mencionavam estarem em equipes envolvidas com o assistente de voz da Amazon, Alexa.
A Amazon e outras empresas de tecnologia aumentaram significativamente as contratações nos últimos dois anos, à medida que a pandemia mudou os hábitos dos consumidores para o comércio eletrônico.
Agora, muitas dessas empresas de tecnologia aparentemente intocáveis estão passando por uma crise e demitindo milhares de trabalhadores, à medida que as pessoas retornam aos hábitos pré-pandêmicos e as condições macroeconômicas se deterioram.
A Meta, controladora do Facebook, anunciou recentemente 11.000 cortes de empregos, o maior na história da empresa. O Twitter também anunciou cortes generalizados de empregos depois que Elon Musk comprou a empresa por US$ 44 bilhões, financiado em parte por financiamento de dívidas.
Em um sinal preocupante dos tempos, um número crescente de líderes empresariais no setor de tecnologia – do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, ao co-fundador do Twitter, Jack Dorsey – vem pedindo desculpas nas últimas semanas, quando seus funcionários perdem seus meios de subsistência.
Após atingir recordes durante a pandemia, as ações da Amazon caíram mais de 40% em 2022 até agora.
