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    Wizard: Saúde substituirá importação de respiradores por indústria nacional

    Empresário dono de marcas como Mundo Verde e Pizza Hut assumirá cargo de secretário de Ciência e Tecnologia do ministério

    Guilherme Venaglia, da CNN em São Paulo

    Recém-anunciado para integrar a equipe do Ministério da Saúde, o empresário Carlos Wizard Martins afirmou nesta terça-feira (2), em entrevista exclusiva à CNN, que a pasta suspenderá os contratos de importação de respiradores do mercado externo.

    Wizard, convidado para ser secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde, afirmou que a necessidade do sistema público de saúde passou a ser atendida pela produção local. O empresário, que já atuava como conselheiro da pasta antes da nomeação, afirmou que foram produzidos 1,6 mil aparelhos do tipo no último mês.

    “Fizemos prospecção no mercado nacional e internacional e estipulamos que não pagaríamos mais de US$ 10 mil (R$ 52 mil, pela cotação atual) por aparelho. Os aparelhos que estavam vindo da China, do Canadá, da Índia, da Alemanha, estavam US$ 20 mil (R$ 105 mil), US$ 30 mil (R$ 157 mil). Sugeri puxar o freio de mão e nós fortalecermos a indústria nacional”, disse.

    Respiradores também foram o tema de conversa entre presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os EUA enviaram mil respiradores à América do Sul, dos quais 50 ficarão com o Paraguai e o restante com o Brasil.

    O empresário também afirmou que busca os insumos necessários para a produção da hidroxicloroquina e da cloroquina. Wizard Martins afirmou que a Índia é a principal produtora do IFA (insumo farmacêutico ativo) que permite a produção do medicamento e que o país consome boa parte do que produz com a sua população. No entanto, afirma que o Brasil estreitou a articulação diplomática com o país para garantir o abastecimento.

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    Dono da holding Sforza, que controla marcas como Mundo Verde, Wise Up e Pizza Hut, no Brasil, o empresário afirmou que a sua chegada ao governo está ligada com o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello, que conheceu durante uma estada em Roraima. Segundo Wizard, ele permanecerá enquanto Pazuello também seguir.

    Carlos Wizard prevê que a missão no governo, tanto dele quanto do ministro interino, deve durar mais que o esperado e que o Brasil ainda levará mais de três meses antes de superar por completo a pandemia da Covid-19. “Temos 90 dias para cuidar como missão de cuidar da pandemia da Covid-19. Pode se estender depois de 90 dias? Acredito que sim, Porque em 90 dias não vamos acabar com a pandemia”.

    Apesar da disposição em permanecer, o novo secretário do Ministério da Saúde afirmou nesta segunda (1º), em outra entrevista à CNN, que nem ele nem Pazuello pretendem “fazer carreira”. “Nós estamos alinhados. O general já anunciou que não quer fazer carreira e nem eu. Ele veio para cumprir uma missão, que é combater o coronavírus e gerar o tratamento necessário para aqueles que estão afetados”, disse. Além da cloroquina, Carlos Wizard elege a ampliação da testagem como objetivo para sua passagem pelo cargo.