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    Variante Delta contagia mais, mas vacinas evitam casos graves, diz Pasternak

    Mesmo com as vacinas sendo efetivas contra a cepa, microbiologista reforçou a necessidade da adoção de medidas restritivas e uso de máscaras

    Produzido por Layane Serrano, da CNN em São Paulo

    A doutora em microbiologia Natalia Pasternak afirmou nesta terça-feira (6), em entrevista à CNN,  que, apesar de a variante Delta do novo coronavírus ser apontada em estudos como mais contagiosa, as vacinas contra a Covid-19 usadas no Brasil surtem efeito contra a cepa e evitam casos graves da doença.

    “Essa variante tem algum tipo de escape do sistema imune. Ela vai contagiar mais pessoas, mas as vacinas continuam sendo capazes de evitar casos graves da doença. Isso é bom, é o que se espera de vacinas, que evitem doenças graves, hospitalizações e mortes”, afirmou a microbiologista à CNN.

    O Brasil já registra duas mortes e 15 casos da variante Delta do novo coronavírus. Mesmo com as vacinas sendo efetivas contra a cepa, Natalia afirmou que, independentemente da efetividade dos imunizantes, medidas como distanciamento social e o uso de máscara, por exemplo, não podem ser esquecidas para evitar o contágio da Covid-19.

    “Não deveríamos mudar nossas ações de enfrentamento. Não se mudam as medidas de prevenção”, afirmou Pasternak.

    Medidas restritivas

    Questionada sobre quando poderemos afrouxar as medidas de distanciamento social, Pasternak rechaçou a ideia de um “número mágico” para o fim da pandemia.

    “O patamar para voltar à normalidade é estimado em cerca de 70% de cobertura vacinal da população. Com esse número teremos alguma imunidade coletiva que permita o afrouxamento das medidas restritivas, mas não existe um número magico”, disse a microbiologista.

    “O número serve como norte, mas, para liberar medidas restritivas, temos que olhar os novos casos, hospitalizações e óbitos. Quando essas curvas caírem, aí podemos falar em liberação.”

    Natália Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência
    Natália Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência (02.Mai.2021)
    Foto: Reprodução/CNN