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    Variação genética pode agravar Covid-19 em 30% das pessoas, aponta estudo

    O estudo desenvolvido na Áustria foi divulgado inicialmente pela publicação acadêmica "Genetics in Medicine" e republicado pela revista científica Nature.

    Pessoas utilizam máscara de proteção enquanto conversam em praça no México
    Pessoas utilizam máscara de proteção enquanto conversam em praça no México Foto: Edgard Garrido/Reuters

    Raphael Coraccini, colaboração para a CNN

    Uma variação genética em um receptor das células pode ser um mecanismo de agravamento nos casos de Covid-19 para mais de um terço da população mundial.

    É o que aponta um estudo desenvolvido na Áustria, divulgado inicialmente pela publicação acadêmica “Genetics in Medicine” e republicado pela revista científica Nature.  

    O estudo aponta que cerca de 4% da população mundial carece de um receptor de ativação nas células do sistema imunológico chamadas NKG2C + NK, que ajudam a combater as células destrutivas do coronavírus quando elas tentam se conectar com as saudáveis no corpo humano.

    Há ainda um percentual bem maior de pessoas que tem apenas parte desse receptor ativo. Essa porção corresponde a 30% das pessoas, o que coloca um terço da população mundial como mais vulnerável ao vírus por conta dessa variação genética nas células do sistema imunológico.

    “Ambas as variantes genéticas foram fatores de risco para Covid-19 grave”, diz o estudo, que foi realizado apenas com pessoas brancas, o que pode representar números diferentes para outros fenótipos.

    “Nossos dados fornecem evidências de que as respostas das células NK induzidas por NKG2C podem ser o principal fator que limita a infecção viral e a gravidade de COVID-19”, diz o estudo. “Recentemente, foi demonstrado que as contagens de células NK foram significativamente maiores em pacientes com Covid-19 grave em comparação com aqueles com Covid-19 leve”.

    A pesquisa é liderada por Elisabeth Puchhammer-Stöckl, que conduz os trabalhos no grupo de pesquisa do Centro de Virologia da Universidade Médica de Viena em colaboração com médicos do Hospital Kaiser Franz Joseph, na capital da Áustria.

    Os pesquisadores afirmam que as pessoas com essa característica genética têm mais chance de desenvolver quadros graves de coronavírus.

    Os pesquisadores apontam que a descoberta pode ser um importante passo para identificar os grupos mais vulneráveis à doença.

    O estudo pode ajudar na produção de medicamentos que atuem diretamente para suprir o déficit de imunização para pessoas com essa variação genética e que sejam mais efetivos no combate aos casos graves de Covid-19.

     

     

     

     

     

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