Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Vacinas atualizadas contra Covid-19 devem chegar em setembro nos EUA, segundo autoridades

    País se prepara para a temporada de vírus respiratórios no hemisfério norte e deve ter vacinas ajustadas para ensinar ao corpo como se defender das variantes que estão atualmente em circulação

    Brenda Goodmanda CNN

    As vacinas contra Covid-19 foram ajustadas para ensinar ao corpo como se defender das variantes que estão atualmente em circulação.

    Elas devem ser disponibilizadas em meados de setembro nos Estados Unidos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention, ou CDC, na sigla em inglês) e a Administração de Alimentos e Drogas (Food and Drug Administration, ou FDA, na sigla em inglês).

    Autoridades dos órgãos falaram à CNN, na quinta-feira (24), sob a condição de não serem identificados, sobre os preparativos do governo dos EUA para a temporada de vírus respiratórios de outono e inverno no país.

    É esperado que a FDA aprove as vacinas atualizadas para o país dentro de algumas semanas. Depois disso, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização, um grupo de especialistas independentes que aconselha o CDC nos EUA em decisões de vacinação, vai avaliar a segurança e a eficácia das novas vacinas e fará recomendações para a sua utilização.

    Após a aprovação dessas recomendações pelo diretor do CDC, as vacinas poderão ser liberadas e aplicadas na população.

    As autoridades disseram que o Comitê Consultivo se reunirá rapidamente após a decisão da FDA para agilizar as etapas regulatórias e colocar as vacinas no mercado.

    O Comitê Consultivo tem uma reunião marcada para discutir as vacinas contra a Covid-19 em 12 de setembro, o que significa que os imunizantes podem estar disponíveis logo depois dessa data.

    O anúncio ocorre em meio a um aumento de casos de Covid-19 no final do verão no hemisfério norte.

    O CDC rastreia a doença pelo número de hospitalizações e atendimentos de emergência, bem como monitorando os testes de viajantes em alguns aeroportos. Mais de 12.600 americanos estão hospitalizados com Covid-19, e esse número está aumentando, com um salto de 22% na semana mais recente.

    Ainda assim, de acordo com as autoridades, esses números representam cerca de um terço daqueles registrados há um ano, em grande parte graças à imunidade resultante de vacinas e infecções anteriores.

    No entanto, os anticorpos contra a Covid-19 diminuem com o tempo e muitas pessoas precisam de um reforço.

    Apenas cerca de 17% dos americanos elegíveis receberam as vacinas bivalentes no outono passado, a última vez que as imunizações foram atualizadas.

    Espera-se que três vacinas estejam disponíveis este ano. Duas são vacinas de mRNA, da Pfizer e dModerna, e uma terceira vacina de subunidade proteica da Novavax. A vacina Novavax utiliza um tipo mais antigo de tecnologia que contém a proteína spike do vírus que causa a Covid-19, além de um ingrediente que acelera o sistema imunológico para produzir anticorpos contra ela.

    Ambas as tecnologias de vacinas são bem compreendidas e seguras, e foram comprovadas no mundo real e em estudos clínicos para reduzir o risco de hospitalização e mortes por Covid-19, disseram as autoridades.

    Veja também: Brasil identifica em SP primeiro caso da subvariante Éris da Covid-19

    A FDA planeja conceder licenciamento total para as vacinas Pfizer e Moderna para pessoas com 12 anos ou mais. As vacinas para crianças até 11 anos, bem como a vacina Novavax, estarão disponíveis mediante autorização de uso emergencial, disseram as autoridades.

    As vacinas foram atualizadas para ensinar o corpo a combater a subvariante do coronavírus XBB.1.5. Espera-se também que mantenham a potência contra cepas relacionadas. Todos os três fabricantes de vacinas afirmam que os testes mostram que as vacinas são eficazes contra a EG.5, a cepa atualmente dominante nos EUA.

    Embora as vacinas fossem anteriormente fornecidas gratuitamente pelo governo, esta é a primeira vez que as vacinas serão fornecidas através do mercado comercial.

    De acordo com a Lei de Cuidados Acessíveis do país, a maioria dos planos de seguro de saúde serão obrigados a cobrir o custo total das vacinas, sem copagamento.

    As pessoas que não têm seguro, ou que não têm um seguro que cubra a imunização, ainda podem obter vacinas gratuitamente através de um programa provisório do governo.

    “Esse programa provisório existirá através de alguns canais”, disse a diretora do CDC, Mandy Cohen, em entrevista à CNN na semana passada. “As pessoas podem ir a um centro de saúde qualificado pelo governo federal ou ao departamento de saúde pública. […] A terceira opção é que estamos trabalhando com farmácias parceiras como CVS, Walgreens, Walmart e outras para disponibilizar também nas farmácias.”

    Os detalhes da parceria com farmácias ainda estão sendo elaborados e pode haver um ligeiro atraso na obtenção de vacinas gratuitas em algumas lojas. Mas os departamentos de saúde e os centros de saúde qualificados pelo governo federal devem recebê-las imediatamente, disse Cohen.

    As pessoas só precisarão informar ao fornecedor da vacina que não têm seguro para se qualificarem para o benefício, ela acrescentou.

    Cohen também disse que, a menos que uma pessoa nunca tenha sido vacinada e nunca tenha sido infectada, provavelmente é melhor esperar até que as novas vacinas sejam lançadas em setembro, em vez de optar por receber uma das vacinas bivalentes mais antigas agora.

    Obter uma vacina bivalente agora pode atrasar a possibilidade de tomar a nova vacina nas próximas semanas, alertou ela em um vídeo de perguntas e respostas publicado online. Ela aconselhou qualquer pessoa nesta circunstância a falar com seu médico ou enfermeiro sobre o seu risco individual.

    Além disso, ainda há um número significativo de testes de Covid-19 em estoque. O governo tem enviado esses testes gratuitos para lares de idosos, centros de saúde qualificados a nível federal, escolas, bibliotecas e vários outros locais que servem o público. Esse programa continuará, disseram as autoridades.

    Tópicos