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    Vacinação no Rio de Janeiro pode ser novamente interrompida a partir de sábado

    Secretário Municipal de Saúde do Rio diz que caso o Ministério da Saúde não entregue mais doses até amanhã, estoque disponível acabará no sábado

    Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

     

    Mesmo com a entrega de 280 mil doses realizada na manhã desta terça-feira (27), que fará com que a capital do Rio volte a vacinar a população após três dias de paralisação, a cidade corre o risco de ter nova interrupção da campanha a partir de sábado. As doses recebidas, segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, são suficientes para apenas mais quatro dias de vacinação. “Caso o Ministério da Saúde não entregue mais doses até amanhã, a partir do próximo sábado haverá nova interrupção da aplicação das doses”, informou ele em entrevista à CNN.

    Ainda segundo Soranz, que está em Brasília para uma reunião com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o Ministério da Saúde (MS) teve “pequenos problemas de logística” que, conforme ele informou, já foram identificados e serão solucionados, apesar de não especificar quais foram esses problemas apontados. Soran também disse que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está sensível aos pleitos dos municípios que precisaram interromper a vacinação diante do atraso das entregas, e já está trabalhando para resolver a questão o quanto antes.

     

    Soranz, no entanto, disse que mesmo com os atrasos, a expectativa é de que o calendário divulgado pelo Rio, de vacinar toda a população acima de 18 anos até o dia 18 de agosto, seja mantido e cumprido. Mas para isso acontecer, é preciso que o MS agilize a entrega das vacinas.

    “Se recebermos as vacinas que já estão programadas para serem entregues, vindas do Butantã, da Pfizer e da Fiocruz, manteremos nosso calendário de imunizar todas as pessoas a partir de 18 anos até agosto. Esperamos que tenham doses suficientes para que possamos manter a campanha na semana que vem”, disse.

    Apesar de informar que o número de casos está diminuindo consideravelmente na capital fluminense, com a taxa de ocupação hospitalar em 70% e redução de 1 / 3 de pessoas internadas em relação ao mês passado, o secretário se mostrou preocupado com o avanço da variante Delta na cidade.

    “No município do Rio 20% dos casos de Covid são de Delta. Essa variante é muito mais transmissível do que outras. Então o melhor jeito de prevenir é vacinar. Apesar da queda de casos, o momento ainda é de preocupação. Não é momento de relaxar. A pandemia não acabou. É preciso continuar usando máscara e respeitar as medidas de contenção”, alertou.

    O secretário também reforçou a eficácia da cobertura vacinal na cidade, elogiando a população que, em sua maioria, aderiu de forma ampla à campanha de imunização. A capacidade atual de vacinação no Rio é de 73 mil doses por dia e, segundo Soranz, a cobertura de vacinação por faixas etárias foi melhor do que em muitos países desenvolvidos, como o Reino Unido, por exemplo.

    “No Rio já temos 75% da população adulta com a 1ª dose. Passamos de 30% de pessoas que receberam a 2ª dose. Mas ainda é um número pequeno para nossa necessidade para conter a propagação do vírus”, finalizou o secretário.

    Atualmente, foram aplicadas na capital fluminense 5.282.794 doses. Foram 3.683.156 de pessoas vacinadas com a 1ª dose, 1.462.641 com a 2ª e 136.997 pessoas vacinadas com dose única.

    Fila de pessoas para vacinação contra a Covid-19
    Fila de pessoas para vacinação contra a Covid-19 na UBS de Moema, na zona sul de São Paulo (SP)
    Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO