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    ‘Vacina segura e eficaz só em meados de 2021’, diz vice-diretora geral da OMS

    Mariângela classificou como 'boa notícia' a entrada do Brasil na Covax, aliança global da OMS para vacinas contra a Covid-19

    Em entrevista à CNN, a doutora Mariângela Simão, vice-diretora geral da área de Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos da OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou, nesta terça-feira (29), que uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19 só deve ficar disponível em “meados do ano que vem” e será “escassa”.

    “Ter uma vacina é uma das grandes esperanças do mundo. Nenhum dos nove candidatos de vacina, que estão em fase 3, terminaram os estudos. Talvez um ou dois terminem até o final do ano, mas isso ainda não é certeza”, afirmou ela.

    “Então, não é assim que acontece com notícias de que vacina vai chegar em outubro e estarão começando a vacinar. É extremamente importante o término da fase 3, que é onde se vê eficácia e segurança. Só pode entrar no mercado com essa comprovação na última fase”, acrescentou.

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    Seringa de vacina
    A vacina contra a Covid-19 é aguardada em todo o mundo
    Foto: Pixabay

    Além disso, Mariângela ainda pontuou que “a vacina vai ser escassa no ano que vem”. “Não vai ter vacina para o mundo todo nem todo mundo em todos os países”, disse. “Vai ser uma vacinação de grupos prioritários – quem tem mais risco de morrer, idosos ou com alguma doença associada”, detalhou.

    Mariângela classificou como “boa notícia” a entrada do Brasil na Covax, aliança global da OMS para vacinas contra a Covid-19. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou duas medidas provisórias com a liberação de R$ 2,5 bilhões.

    Com esse cenário de espera pela imunização, a diretora-geral da OMS frisou que as medidas de prevenção ao novo coronavírus – como uso de máscara, distanciamento e álcool gel – ainda serão mantidas por algum tempo.

    “Vamos conviver com isso por muitos meses ainda. Estamos aprendendo a medida que vamos levando esse ano difícil para todos nós. Não acabou”, avaliou.

    (Edição: André Rigue)

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