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    Vacina não resolverá pandemia a curto prazo no Brasil, diz vice-diretora da OMS

    Segundo Mariângela Simão, os imunizantes que estão no mercado ajudam a diminuir a mortalidade e a doença severa

    Produzido por Layane Serrano, da CNN São Paulo

    O Brasil teve, na última semana, os piores dias desde o início da pandemia do coronavírus: são recordes de pessoas mortas e com hospitais entrando em colapso em diferentes regiões do país. Diante dessa situação, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a dizer que o Brasil precisa levar “muito a sério” a pandemia.

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (15), a vice-diretora da OMS Mariângela Simão afirmou que as vacinas contra o novo coronavírus não vão resolver a pandemia no Brasil a curto prazo, e ressaltou a importância das medidas sanitárias para conter o avanço da doença. 

    “[A evolução da pandemia no Brasil] está acontecendo no momento em que a gente está vendo uma diminuição de casos em outros países no mundo. O que evidencia duas coisas: ninguém pode baixar a guarda, e agora que vamos ter uma crescente do número de vacinas chegando nos países, e no Brasil não é diferente, não se pode criar uma falsa sensação de segurança de que as vacinas vão resolver [a pandemia], porque não vão resolver a curto prazo”, disse Mariângela.

    Isso porque, segundo a especialista, os imunizantes que estão no mercado ajudam a diminuir a mortalidade e a doença severa.

    Mariângela também enfatizou que, mais do que nunca, devemos seguir as regras sanitárias que já conhecemos. Ou seja, o coronavírus é um vírus que transmite de pessoa para pessoa e, portanto, devemos evitar aglomerações e sempre utilizarmos máscara. Higienizar sempre as mãos com água e sabão e álcool em gel também é uma medida essencial.

    Mariângela também cobrou uma maior homogeneização das políticas públicas. “As mensagens têm que ser as mesmas no território inteiro. [O país] precisa de medidas que sejam tomadas universalmente por todo o sistema de saúde nas suas diferentes instâncias, [porque hoje] as mensagens são diferentes dependendo do estado e dos profissionais da saúde.”

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