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    Vacina de Oxford deve ser aplicada no primeiro trimestre em dose única

    Em entrevista exclusiva à CNN, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Andrade, falou sobre a expectativa para início da vacinação contra a Covid-19

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista exclusiva à CNN nesta segunda-feira (2), Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou que a fundação tem a capacidade de entregar 220 milhões de doses da vacina fabricada pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, até o final de 2021.

    “Nós temos a capacidade de entregar ao Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Imunizações 100 milhões de doses no primeiro semestre de 2021. A nossa expectativa é de 30 milhões de doses no final de fevereiro de 2021”, disse.

    “No segundo semestre nós temos a previsão de uma entrega de mais 110 milhões de doses de vacinas, totalizando, portanto, 220 milhões de doses de vacinas no ano”, acrescentou.

    Segundo ela, é possível iniciar o programa de vacinação com dose única, apesar de o protocolo ser de duas doses.

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    “A indicação provável é que a vacina seja em duas doses. No entanto, dependendo das conclusões a partir do estudo da fase 3, é possível iniciar um programa de imunização com uma dose e, num intervalo maior de tempo, [aplicar] uma segunda dose”, explicou.

    Isso se deve, de acordo com a presidente da Fiocruz, a uma questão de saúde pública, “que vai privilegiar um alcance de um maior número de pessoas”.

    “Mas isso não é possível definir agora. Será uma definição do Programa Nacional de Imunizações a partir do momento que existir publicações e conclusões que permitam que se tenha uma base para isso”.

    Situação no país

    O Brasil ultrapassou no domingo (1º) a marca de 160 mil mortos por Covid-19. Ao todo, a doença vitimou 160.074 brasileiros —desses, 190 nas últimas 24 horas.

    É o menor aumento diário desde 22 de abril, quando foram contabilizados 166 óbitos. No entanto, é comum que os números sejam menores aos fins de semanas, feriados e segundas-feiras por conta do funcionamento de laboratórios e secretarias da Saúde. 

    Também foram registrados mais 10.100 casos, totalizando 5.545.705 desde o início da pandemia. 

    (Edição: Marina Motomura)

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