Vacina contra Covid-19: embaixador britânico agradece ‘seriedade’ da Anvisa
Agência autorizou a realização de um estudo clínico no Brasil para testar uma vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pela Universidade de Oxford
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de um estudo clínico no Brasil para testar uma vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (3), Vijay Rangarajan, embaixador do Reino Unido no Brasil, disse que o imunizante já está na fase três de testes, em que dez mil pessoas serão testadas no Reino Unido e duas mil no Brasil e que “agradece muito a seriedade da Anvisa e do Ministério da Saúde” nesse processo.
“Já conversei há alguns dias com o ministro interino [Eduardo] Pazuello e ele apoiou muito essa etapa. Mas é fundamental para todo o mundo a ciência, a distribuição equitativa e a produção massiva dessa vacina”, afirmou.
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Rangarajan falou ainda que é muito importante o financiamento para a produção da vacina contra Covid-19.
“Precisamos de mais de R$ 50 bilhões para a produção mundial suficiente dessa vacina, e o Brasil tem papel fundamental nisso. Trabalhar com a ciência brasileira, com Ministério da Saúde, com a Fiocruz e a Anvisa é fundamental para dar uma esperança para uma vacina nos próximos meses”.
Mais cedo, em conversa com a analista de economia da CNN Raquel Landim, Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, organização viabilizadora dos recursos necessários à realização do estudo de eficácia da vacina em São Paulo, disse ter uma grande esperança de que, por conta dos testes estarem sendo realizados no Brasil, o país esteja entre aqueles que receberão a primeira leva da vacina caso ela funcione.
Segundo o embaixador, a expectativa é que a vacina seja distribuída igualitariamente em todo o mundo. Isso significa que todos os países que têm a capacidade de conduzirem a produção de uma vacina contra o novo coronavírus, como o Brasil, possam fazê-lo. No entanto, existem países que não têm essa capacidade.
“Então, precisamos de um acordo e de um entendimento internacional de como podemos distribuir de maneira equitativa a outros países da América do Sul e do mundo”, afirmou.
(Edição: André Rigue)