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    UnB cria máquinas que descontaminam e permitem reutilização de máscaras N95

    O projeto teve apoio financeiro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

    UnB cria máquinas que descontaminam e permitem reutilização de máscaras N95
    UnB cria máquinas que descontaminam e permitem reutilização de máscaras N95 Foto: Francisco Avia/UnB

    Natália André, da CNN, em Brasília

    O Instituto de Física da UnB (Universidade de Brasília) construiu seis máquinas de descontaminação de máscaras N95 para que possam ser reutilizadas. Esse EPI (Equipamento de Proteção Individual) é específico para profissionais da saúde nos hospitais. O projeto teve apoio financeiro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; do Rotary Club do Distrito Federal, de Goiás e do Tocantins; e da FAP DF (Fundo de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal).

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    O investimento total foi de R$ 153 mil (80 mil dos Rotary, 50 mil do MCTI e 23 do FAP). “O projeto precisava de um baixo apoio financeiro, mas é necessário se destacar o esforço humano. Apenas 15 pesquisadores conseguiram construir essas máquinas em 90 dias”, explicou o ministro Marcos Pontes no lançamento nesta segunda-feira (29).

    Como é proibida a reutilização dos EPIs, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o projeto, como reforço à proteção durante a pandemia, já que o equipamento está em falta no Brasil e no mundo devido à grande necessidade e também às demoras nas produções e entregas entre os países.

    A iniciativa ocorreu a pedido de médicos do Hospital de Base de Brasília, que já estavam sofrendo sem os meios de proteção básicos.

    Como funciona?

    As cinco máquinas menores conseguem descontaminar 60 máscaras por vez, já a maior, que será encaminhada ao HRAN (Hospital Regional da Asa Norte, referência no atendimento dos pacientes da COVID-19 no DF), tem capacidade para 150 máscaras. 

    Os EPIs precisam passar por dois ciclos de 15 minutos cada. A descontaminação ocorre por meio da grande potência de energia emitida sobre as máscaras através da luz de raios ultra-violetas. Quem for operar a máquina, ficará a uma distância de 6 metros, com ósculos de segurança.

    Mesmo com a eliminação do SARS-CoV 2, vírus da COVID-19, fungos e fortes bactérias presentes nos hospitais, é recomendada a reutilização das máscaras sempre e somente pelos mesmos profissionais.

    Para que médicos de outras regiões possam ter esse benefício, a UnB mandará o protótipo para que outras universidades brasileiras possam replicar. O Instituto de Física também já estuda outras formas de aplicação dos equipamentos para que não se percam os recursos para quando a pandemia acabar.