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    Um dia que a gente deixa de vacinar são vidas que estão em jogo, diz secretário

    À CNN, secretário de saúde Daniel Soranz afirma que aplicação da primeira dose permanecerá suspensa no Rio até que ministério envie novas doses à capital

    Produzido por Camille Couto, da CNN no Rio de Janeiro

     

    O Rio de Janeiro paralisou a vacinação da primeira dose contra a Covid-19 por falta de vacina. A interrupção foi anunciada na última sexta-feira (23) como forma de garantir os estoques para a aplicação da segunda dose, que está mantida até o momento. 

    Em entrevista à CNN, o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, explicou que a expectativa era de houvesse a entrega de uma nova remessa na sexta-feira (23), como vinha acontecendo regularmente.

    “São 27 pontos de distribuição que o ministério tem que mandar, é uma distribuição bem simples que o Programa Nacional de Imunizações faz há muito tempo. Então, a gente vem insistindo para o ministério que a gente não pode perder um dia. Um dia que a gente deixa de vacinar pessoas são vidas que estão em jogo, são pessoas que podem ter Covid, adoecer gravemente e até mesmo ir a óbito.”

    Segundo Soranz, a aplicação da primeira dose permanecerá suspensa até que seja feita a entrega de novas doses que, segundo ele, “já estão em posse do Ministério da Saúde”.

    “Hoje, o ministério da Saúde já tem 11 milhões de doses em estoque para serem distribuídas e a gente espera que o ministério faça a distribuição ainda hoje para que a gente possa recomeçar a campanha ou nesta segunda-feira (26) na parte da tarde ou na terça-feira pela manhã.”

    De acordo com o secretário, ainda não há um prazo definido entre a secretaria e o ministério para a entrega de uma nova remessa. “A gente está cobrando ao longo da semana toda, o ministério deve informar a gente até o final do dia de hoje ou amanhã quando estas doses serão entregues.”

    Assim que receberem, a vacinação de primeria dose será retomada. O objetivo da capital é iniciar o esquema vacinal em toda a população acima de 18 anos até o dia 18 de agosto. “O prefeito Eduardo Paes tem cobrado muito essa celeridade da prefeitura em vacinar”, complementa.

    Soranz afirma que no pleito enviado à pasta da Saúde, eles pedem que haja mais regularidade nas entregas. “A Pfizer vai entregar 1 milhão de doses por dia para o Brasil, o Butantan entrega duas vezes por semana e a Fiocruz pelo menos uma vez, então estas distribuições precisam acontecer todos os dias ou pelo menos três vezes na semana.”

    O secretário espera que o município do Rio de Janeiro não tenha novos atrasos no calendário de vacinação para que consiga completar o esquema vacinal com as duas doses na população adulta até o mês de novembro.

    “A gente sabe que o Ministério da Saúde recebe as entregas dos contratos com a Pfizer, Fiocruz e Butantan em dia, sem nenhum atraso, e a gente precisa de celeridade nesta distribuição. Sem a distribuição do Ministério da Saúde, infelizmente a gente não consegue manter a campanha com as datas que estavam programadas.”

    Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro (25-07-2021)
    Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro (25-07-2021)
    Foto: CNN / Reprodução

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