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    “Última cartada” da década, teste de vacina contra HIV é interrompido após resultados ruins

    Embora as novas infecções por HIV tenham diminuído drasticamente desde o seu pico, na década de 1990, 39 milhões de pessoas vivem atualmente com a infecção

    Fracasso das vacinas experimentais é um duro golpe para a comunidade médica (arquivo)
    Fracasso das vacinas experimentais é um duro golpe para a comunidade médica (arquivo) Faculdade de Medicina da UFMG

    By Jessie Gretener, CNN

    Um teste de vacina contra o HIV, apelidado de “última cartada” desta década, interrompeu as vacinações após resultados decepcionantes.

    O estudo de prevenção PrEPVacc, liderado por pesquisadores africanos com o apoio de cientistas europeus, testava duas vacinas experimentais contra o HIV juntamente com uma nova forma de PrEP (profilaxia pré-exposição).

    No entanto, a liderança da PrEPVacc afirma que, embora “não haja preocupações sobre a segurança das vacinas”, suspenderam agora a componente vacinal do ensaio devido à sua ineficácia na prevenção do HIV. Porém, a recomendação é de que o componente de PrEP oral do teste continue.

    O fracasso das vacinas experimentais é um duro golpe para a comunidade médica, que se deparou com inúmeros becos sem saída desde que o primeiro ensaio da vacina contra o HIV começou, há 36 anos.

    Embora as novas infecções por HIV tenham diminuído drasticamente desde o seu pico em meados da década de 1990, os dados mais recentes da UNAIDS revelam que 39 milhões de pessoas vivem atualmente com a infecção em todo o mundo. Mais de metade são mulheres, sendo as mulheres jovens e as adolescentes (15-24) responsáveis ​​por 77% dos novos casos na África Subsariana.

    A comunidade médica ainda não dispõe de uma vacina eficaz contra o HIV e, antes deste ensaio, um dos envolvidos alertou que outro estudo deste tipo seria improvável até à década de 2030.

    O teste PrEPVacc estudou 1.500 participantes voluntários em Uganda, na Tanzânia e na África do Sul. Desses participantes, 87% eram mulheres.

    Refletindo sobre os resultados, o investigador-chefe da PrEPVacc, Pontiano Kaleebu, disse num comunicado que “devemos olhar para uma nova geração de abordagens e tecnologia de vacinas”, bem como para uma “nova geração de líderes”.

    “O desenvolvimento de uma vacina que previna o HIV é um objetivo fundamental para África, que deve ter ainda maior urgência agora que não há nenhuma vacina contra o HIV testada quanto à eficácia em qualquer parte do mundo”, apelou Kaleebu.

    Esperanças pela vacina

    O diretor da PrEPVacc, Dr. Eugene Ruzagira, concordou, afirmando que, embora os “obstáculos científicos sejam grandes”, ele tem “esperanças igualmente grandes de que um dia uma vacina contra o HIV seja desenvolvida”.

    “Investigações importantes como a PrEPVacc nos fazem avançar e os participantes estão dispostos a avançar conosco e a fazer a diferença na saúde das suas comunidades”, disse Ruzagira num comunicado, acrescentando que este teste permitiu aos investigadores construir boas relações com comunidades cruciais. .

    Luwano Geofrey, o primeiro participante do teste em Masaka, Uganda, disse à CNN no início do ano que foi necessária “muita coragem” para participar na investigação.

    Ele disse que houve muita desinformação inicial em sua comunidade, com estigmas sociais também complicando as coisas. Os pesquisadores dizem que participantes como Geofrey agora têm a “profunda gratidão de suas comunidades”.

    Segundo os investigadores, os resultados completos da componente vacinal do ensaio PrEPVacc deverão ser publicados no verão de 2024.

    Este conteúdo foi criado originalmente em Internacional.

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