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    Tudo o que você precisa saber sobre os testes de Covid-19

    Quantos tipos de testes de coronavírus existem? Qual é o mais confiável? Por que alguns demoram tanto? Especialistas tiram dúvidas sobre os testes disponíveis

    Teste de detecção da Covid-19 em drive-thru em São Paulo
    Teste de detecção da Covid-19 em drive-thru em São Paulo Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil (4.ago.2020)

    Paula Bravo Medina, da CNN

    O teste em massa é uma das estratégias que as autoridades de saúde por todo o mundo identificaram como uma arma para rastrear e tentar parar as infecções por coronavírus no mundo.

    Cerca de 13,3 milhões de pessoas, o equivalente a 6,3% da população brasileira, já tinham feito algum teste para diagnóstico da Covid-19 no país desde o início da pandemia até julho de 2020.

    Mas quantos tipos de testes de coronavírus existem? Por que alguns demoram tanto?

    Isto é o que sabemos:

    Tipos de teste

    Embora pareça que existem muitas opções de teste para detectar o vírus, todas elas se enquadram em duas: aquelas que detectam a presença do vírus e aquelas que detectam se houve uma infecção anterior.

    Material genético (RNA) ou antígenos – substânciais que geram reação imune – são usados ??para detectar se o vírus está ativo. O teste de anticorpos busca detectar se o corpo apresentou uma resposta imune ao coronavírus e, portanto, foi exposto ao vírus.

    O teste conhecido como PCR é aquele que usa RNA e é feito principalmente com a coleta de uma amostra com um cotonete na parte nasal da faringe. Esse tipo de teste também pode ser feito em amostra de saliva.

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    “Os dois testes exigem que as amostras sejam enviadas a um laboratório para fazer o processo de detecção do genoma do vírus por meio de PCR”,explica o doutor Felipe Lobelo, da Emory University, em Atlanta, nos Estados Unidos.

    Os testes de diagnóstico de antígenos podem ser feitos em laboratório ou em uma máquina que fornece os resultados rapidamente. Eles geralmente têm um alto índce de falsos negativos, então, em alguns casos, pode ser exigido um teste PCR adicional, explica Lobelo. Os testes de antígenos são feitos a partir de amostras de sangue retiradas em um laboratório.

    Sobre o teste de anticorpos, a virologista Maria Fernanda Gutiérrez, da Universidad Javeriana de Bogotá, explica que os testes sorológicos “não são diagnósticos” e que servem como triagem para ver quanto contato foi feito com o vírus. Segundo ela, o teste “não me diz que estou infectado no momento, diz se estou ou estive em contato com o vírus”.

    Qual é o mais confiável?

    “Todos são confiáveis”, explica a doutora Gutiérrez à CNN. “A discussão não é necessariamente o tipo de teste, mas o estabelecimento que o realiza. Há alguns que dão menos falsos positivos ou menos falsos negativos e, obviamente, esses são melhores, mas para saber isso é necessário compará-los”

    Gutiérrez ressalta que existem muitas empresas que realizam tanto PCR quanto teste de antígeno, com margens de erro diferentes.

    “Depende do que se quer. Em geral, o que é mais sensível para o diagnóstico é amplificar o RNA viral, que é o teste de PCR em tempo real. É, sem dúvida, o mais sensível e mostra a presença do vírus”, explica.

    Lobelo concorda e considera o PCR o mais confiável. “Eles exigem processos laboratoriais para amplificar o RNA do vírus para detectá-lo. É por isso que é mais confiável, mas leva mais tempo (no mínimo seis horas)”.

    E por que demoram tanto?

    “Não é um teste fácil de ser feito”, explica a doutora. Gutiérrez. “Você começa com a amostra, que é considerada infecciosa. Se eu tirar uma amostra de um paciente com o vírus, o vírus está lá e a pessoa que está colhendo a amostra fica exposta. A partir daí, a amostra deve ser manuseada em laboratórios seguros para evitar que os colaboradores sejam expostos e infectados”, o que deixa o processo mais lento.

    O que são testes rápidos?

    Também existem dois tipos: para detectar antígenos ou anticorpos.

    “A base do teste (rápido) é a imunocromatografia, que é como um teste de gravidez, aquele em que se coloca uma gota da amostra em um recipiente e aparecem algumas faixas que mostram se é positivo ou negativo”, diz a doutora Gutiérrez.

    Para ela, os testes rápidos são essenciais porque o teste de PCR é complicado e demorado.

    Os testes rápidos de antígenos “têm a mesma interpretação que a PCR, fazem a mesma coisa, mas não são tão sensíveis. Os testes de anticorpos são usados ??para triagem e ajudam a interpretar falsos positivos ou falsos negativos”, acrescenta.

    (Texto traduzido. Clique aqui para ler o original, em espanhol)