“Transmissão comunitária da Ômicron no Brasil é questão de tempo”, diz especialista
Presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Fonseca destacou à CNN que "não há segredo" no combate à variante; ele afirma que ações eficazes já conhecidas devem ser reforçadas
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou, nesta segunda-feira (13), que foi confirmada a primeira morte de paciente infectado com a variante Ômicron do coronavírus.
O perfil do paciente – como a idade e a informação sobre se ele tinha se vacinado contra a Covid-19 – não foi divulgado pelo governo britânico.
Em entrevista à CNN, o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Flávio Fonseca, afirmou que é “questão de tempo” até que a nova variante do coronavírus estabeleça transmissão comunitária no Brasil também.
No entanto, ele destaca que “não há nenhum segredo” para se estabelecer um combate efetivo à transmissão da Ômicron. “A gente tem que reforçar as ações eficazes já conhecidas”, disse.
Flávio Fonseca destacou o que chama de “quatro pilares do combate à pandemia”. “O pilar central é a vacinação efetiva. O Brasil tem números muito bons, mas é preciso avançar. Inclusive em bolsões onde ainda não há percentuais adequados de vacinação”, declarou.
O pesquisador pontuou a necessidade de se focar as políticas de vacinação com destaque para as doses de reforço. Ele cita pesquisas já realizadas no exterior, como pela Pfizer por exemplo, que indicam papel relevante das doses de reforço para garantia de proteção imunológica contra a Ômicron.
Os outros pilares destacados pelo presidente da SBV são as chamadas “ações não farmacológicas”. “O distanciamento social, o uso de máscaras de proteção e, se possível, evitar aglomerações”, listou.
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