Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Testes pelo mundo buscam cura para o novo coronavírus

    Estudos feitos em vários países tentam alternativas que contenham a pandemia

    Da CNN, em São Paulo

    Cientistas e médicos do mundo todo buscam a cura para o novo coronavírus. Pesquisas em processo acelerado pretendem achar uma vacina ou um remédio que combatam a COVID-19.

    Nos Estados Unidos está sendo testada a transfusão de plasma, a parte líquida do sangue, de quem superou a doença. “Nesse plasma recuperado existem proteínas chamadas anticorpos que podem ajudar pessoas doentes”, explica a médica Becky Haley, diretora do instituto de pesquisa Bloodworks NW.

    Profissionais de saúde recorrem a medicamentos usados para tratar outras doenças, como a hidroxicloroquina, usada há 70 anos contra a malária. O governo americano autorizou uso emergencial do remédio em hospitais, mas há poucas evidências de que a substância seja segura ou eficaz.

    Pesquisadores da universidade de Minesota estão fazendo testes com 1.500 pessoas. “Alguns dados sugerem que, se você estiver tomando hidroxocloroquina e for exposto ao vírus, a infecção será contida. Temos um outro teste prestes a começar usando uma droga muito comum para hipertensão arterial, a Losartan. Acreditamos que tenha o poder de impedir que uma pessoa infectada, mas que está assintomática, não venha a desenvolver a doença”, explicou Timothy Schacker, vice-reitor da universidade.

    Leia também:

    Remédio contra vermes será testado para combater COVID-19

    Ansiedade, solidão e tratamentos: especialistas tiram dúvidas sobre a COVID-19

    Hospitais de SP vão fazer testes com plasma de curados da COVID-19

    Cloroquina: entenda por que você não deve usar o remédio contra coronavírus

    Outra pesquisa de médicos franceses diz que o medicamento não apresenta benefícios. Eles analisaram prontuários de cerca de 180 pessoas. A metade recebeu doses de hidroxicloroquina, e os dois grupos tiveram taxas de mortalidade similares. Além disso, oito pacientes que tomaram o medicamento desenvolveram arritmia cardíaca.

    No Brasil, um estudo com 81 pacientes foi suspenso pelos efeitos colaterais. Doentes que tomaram altas doses do medicamento também tiveram arritmia, e 11 morreram.

    Os resultados mais promissores até o momento vêm de um medicamento experimental para tratar o ebola. Em um estudo no hospital da Universidade de Chicago, 113 doentes em estado grave receberam doses do Rendezivir e mostraram rápida recuperação do sistema respiratório.

    Os cientistas dizem que maioria recebeu alta, enquanto dois morreram. O estudo está entrando na fase 3, e os resultados serão divulgados no fim de abril. 

    O pesadelo só deve ter fim quando uma vacina eficaz for aprovada, e a população mundial, imunizada. Até lá, segundo os cientistas, a melhor arma é o distanciamento social e cuidados rigorosos com a higiene.

    Tópicos