Testagem é importante, mas monitoramento é fundamental, alerta infectologista
Em entrevista à CNN, a infectologista do Instituto Emílio Ribas Rosana Richtmann também disse que a variante originária da Índia é possivelmente mais grave
A infectologista do Instituto Emílio Ribas Rosana Richtmann afirmou nesta quarta-feira (26), em entrevista à CNN, que viajantes de outros países que chegam ao Brasil precisam ser monitorados, para que haja uma contenção de fato da possibilidade de disseminação da nova cepa da Covid-19 originária da Índia.
“A testagem é fundamental, mas mais do que isso é preciso um monitoramento dessas pessoas e saber para onde foram e com quem tiveram contato”, disse Richtmann.
A infectologista também explicou que a variante do novo coronavírus é “possivelmente mais grave”. “A tendência é que leva a mais a hospitalizações e óbitos”, alertou.
Casos no Brasil
O Maranhão foi o primeiro estado brasileiro a confirmar a presença da nova cepa no Brasil. A Secretaria de Saúde do estado confirmou na última quinta-feira (20) seis casos detectados entre os 24 tripulantes do navio MV Shandong Da Zhi, vindo da China.
O navio, que está ancorado na costa do Maranhão, foi posto em quarentena após um indiano de 54 anos, tripulante da embarcação, ser diagnosticado com Covid-19. Ele e outros cinco tripulantes testaram positivo e exames posteriores confirmaram a presença da variante B.1.617.2.
Nesta quarta-feira (26), o Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria da Saúde de São Paulo, identificou um caso da variante em um homem de 32 anos, que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no último sábado (22) e mora em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.
Já em Minas Gerais, a prefeitura de Juiz de Fora confirmou que investiga um possível caso da variante originária da Índia no município depois que um morador da cidade chegou do país asiático na semana passada e testou positivo para o novo coronavírus.
Sobre a transmissibilidade da nova cepa, Richtmann destacou que é “inquestionavelmente maior”. “É só vermos o que aconteceu no país”, disse a especialista, se referindo à alta de casos e mortes na Índia.
(*supervisionada por Layane Serrano)