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    ‘Teremos um mês de março muito difícil’, prevê secretário de Saúde de São Paulo

    Edson Aparecido diz que o município também pretende negociar com laboratórios a compra de vacinas

    Da CNN, em São Paulo

    O aumento da ocupação de leitos nos hospitais em todo o país por conta da Covid-19 não deve arrefecer a curto prazo, já que não há vacina suficiente para imunizar a população, prevê o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, em entrevista à CNN na noite desta sexta-feira (26).

    “Teremos um mês de março muito difícil, mesmo para cidades como a nossa, que tem estrutura hospitalar. Com uma evolução tão rápida de número de casos e óbitos, teremos um mês muito difícil para o país”, afirma.

    Ele ressalta que o problema para vacinar não é a estrutura, mas a falta de doses.

    “No ano passado, em 22 dias o SUS vacinou 5 milhões de pessoas na cidade com a vacina da gripe, H1N1. Está faltando vacina. Temos toda a logística, a rede preparada para vacinar, uma capacidade de vacinar 600 mil pessoas por dia na cidade, o que não temos é a vacina. O grande elemento para evitar esse óbito é a vacinação, e não temos vacina suficiente no país hoje”. 

    O secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido (26.fev.2021)
    O secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido (26.fev.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    O secretário diz que a cidade pretende adquirir doses em negociação direta com os laboratórios, citando a Pfizer e Janssen.

    “Além da autorização do STF, a Câmara de São Paulo e o prefeito Bruno Covas (PSDB) também autorizaram que se iniciasse negociação com laboratórios que têm autorização internacional ou nacional. Temos reuniões marcadas para o início da semana. O município tem recursos para que, além das vacinas da Astrazeneca e Coronavac que estão sendo recebidas do Plano Nacional de Imunização (PNI), possamos comprar”.

     

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