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    ‘Tendo doses, é preciso vacinar adolescentes’, diz vice-presidente da SBIm

    Ministério da Saúde recomenda a suspensão da vacinação contra Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades no país

    Produzido por Layane Serranoda CNN Em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (16), Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirmou que tendo vacinas da Pfizer/BioNTech para vacinar os adolescentes — único imunizante permitido para a faixa etária — é preciso vaciná-los.

    A declaração da especialista vem após o Ministério da Saúde recomendar a suspensão da vacinação contra Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades no país.

    Assim, passou a ser orientada a vacinação nesta faixa etária somente em adolescentes que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.

    “A vacinação de adolescentes contra a Covid-19 é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde com risco-benefício positivo. Isso quer dizer que apesar de ter relatos de eventos adverso grave, a miocardite, relacionada à vacina da Pfizer, a incidência é de 16 casos para cada milhão de segundas doses aplicadas em homens jovens e adolescentes do sexo masculino”, explicou ela.

    A recomendação do Ministério da Saúde de iniciar a vacinação de adolescentes com comorbidades é porque o benefício aumenta ainda mais.

    “Os adolescentes raramente adoecem e vão a óbito por Covid-19 no Brasil. A grande maioria, quando isso acontece, é em adolescentes com comorbidade. Daí a importância de pelo menos não parar de vacinar esses adolescentes. Quanto a vacinar todos, dependendo da quantidade de vacinas e da comunicação transparente com a população, é uma boa recomendação.”

    Na avaliação da médica, interromper a imunização gera uma confusão, além de passar a impressão de que a vacina não é segura. “O ideal era se planejar e não começar [a vacinar os adolescentes].”

    Ballalai lembrou ainda que a recomendação baseada em saúde pública é dar prioridade para os grupos que mais morrem em decorrência da doença.

    “A prioridade hoje da OMS e do Ministério da Saúde é terminar de vacinar a população adulta com as duas doses, vacinar adolescentes com comodidades e as gestantes e aplicar a terceira dose nos idosos.”