Tendência é de redução do número de fumantes no Brasil, diz especialista
À CNN Rádio, o patologista Paulo Saldiva afirmou que relatório da OMS expõe danos do cigarro para fumantes, fumantes passivos e para o meio-ambiente
Neste 31 de maio é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. A Organização Mundial da Saúde (OMS), na segunda-feira (30), divulgou um relatório que atribui à indústria tabagista a morte de mais de 8 milhões de pessoas todos os anos, além de destruir o meio ambiente e a saúde humana.
Em entrevista à CNN Rádio, o médico patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, Paulo Saldiva, avaliou que o número é “muito grande, e que o tabaco continua sendo fonte importante apesar da redução em alguns países.”
“A bituca é um cigarro parcialmente queimado e já produziu aquilo que afeta a saúde humana”, explicou.
O patologista acredita que o “tabaco ainda vai ser um problema por muito tempo”, já que a indústria “está procurando lançar novas estratégias”, como os cigarros eletrônicos.
“Precisaria ter uma política de controle mais eficiente e principalmente enfrentar a posição da indústria do tabaco, que quer proteger a si mesma”, defendeu.
Mesmo assim, Paulo Saldiva reforçou que “sem dúvida” a tendência é de redução do número de fumantes no Brasil e que, no futuro, “o tabaco vai permanecer apenas como registro histórico, assim como o ópio”.
“O Brasil nos anos 60 tinha entre 30 e 35% de fumantes e hoje temos ao redor de 10% da população que é fumante”, completou.