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    Teich diz não saber causa de recorde diário em mortes por COVID-19

    O Brasil registrou 407 mortes em decorrência do novo coronavírus nesta quinta-feira (23), o maior número de vítimas em 24 horas.

    Da CNN, em São Paulo

    O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse nesta quinta-feira (23) que o governo ainda não sabe o que causou o aumento súbito no número de mortes registradas por COVID-19 nas últimas 24 horas. Entre ontem e hoje, o Brasil registrou 407 mortes em decorrência do novo coronavírus — o maior número em um só dia, e mais que o dobro das 165 vítimas reportadas no dia anterior

    “A gente não sabe se isso representa esforço para fechar os diagnósticos ou se representa uma linha de tendência de aumento”, disse Teich em entrevista coletiva em Brasília. “A gente avalia todos os dias o que está acontecendo e, a partir dos dados novos, a gente define as próximas ações”.

    O ministro também confirmou que o tema da reunião com o CFM (Conselho Federal de Medicina) nesta manhã foi o uso da cloroquina e que ficou decidido que a administração do medicamento ficará à critério do profissional de saúde — e não do ministério.

    “É uma autorização, não recomendação [do uso do remédio]. A recomendação do Ministério da Saúde vai acontecer no dia em que tivermos evidência científica clara que o medicamento funciona”, explicou.

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    Isolamento social

    Um dia depois de dizer que o Ministério da Saúde dará as diretrizes a estados e municípios para a flexibilização de restrições de circulação, Teich evitou se posicionar de forma assertiva sobre a necessidade de isolamento social.

    “Defendemos o que é melhor para a sociedade, se for o isolamento, é o que vai ser. Mas se eu puder flexibilizar, dando autonomia para as pessoas e isso não influenciar a doença, é o que eu vou fazer. O que eu defendo é o isolamento na hora certa e saída na hora certa, e isso temos que ver no dia a dia”, disse o ministro.

    Teich anunciou que a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço das Américas da OMS (Organização Mundial da Saúde), cedeu 10 milhões de testes ao Brasil. O general Eduardo Pazuello, novo secretário-executivo da pasta, está estudando a logística para receber o material e fazer a distribuição aos estados.

    Ele também disse que integrantes da Força Nacional do SUS foram enviados a Manaus para auxiliar no combate à COVID-19.

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