Talvez seja mais interessante aplicar 4ª dose com vacinas atualizadas, diz médico
Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirmou à CNN que imunizantes atualizados contra a Covid-19 devem ser lançados no segundo semestre deste ano
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (10), o infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), defendeu que, no momento, que o Brasil deve concentrar esforços em vacinar a população com a terceira dose do imunizante contra a Covid-19. O médico afirmou que é importante “guardarmos a quarta dose para quando tivermos vacinas mais adaptadas”.
De acordo com Chebabo, a quarta dose do imunizante é recomendada apenas aos imunossuprimidos no momento, sejam eles adultos ou adolescentes. Já a terceira dose, na opinião dele, ainda encontra baixa cobertura no país e deve ser priorizada para a população em geral.
“É mais importante utilizarmos as vacinas que temos hoje para vacinar toda a população acima de 18 anos com três doses do que pensar em quarta dose neste momento”, afirmou.
O infectologista considerou que as vacinas utilizadas atualmente foram desenvolvidas a partir da variante original do novo coronavírus, identificada em Wuhan. Segundo ele, novos imunizantes já estão sendo desenvolvidos com base nas cepas que predominantemente circulam na população.
“Talvez seja mais interessante fazer essa quarta dose já com a vacina adaptada às variantes circulando atualmente do que com as que temos atualmente”, avaliou.
Chebabo ainda destacou a importância de haver uma equidade no ritmo de vacinação do país, buscando evitar que alguns estados saiam na frente de outros na aplicação de novas doses do imunizante. “Mesmo nos estados onde há iniciativa de quarta dose, ainda temos uma baixa cobertura vacinal de terceira dose”, considerou.
“É muito mais importante termos um esforço concentrado em melhorar a cobertura vacinal com as três doses para a população em geral do que falar em quarta dose”, disse o médico.
Na avaliação do infectologista, as vacinas atualizadas da Covid-19 devem ser lançadas nos segundo semestre deste ano, e já estão sendo desenvolvidas pelos fabricantes dos imunizantes que estão sendo aplicados na população.
O médico considerou que nas próximas semanas deve haver “uma redução significativa no país como um todo do número de casos”.