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    Surto de varíola dos macacos não será controlado com 1ª remessa de vacinas, diz Queiroga

    De acordo com o ministro, as 50 mil doses vão ser divididas em três remessas com o primeiro lote previsto para o final de agosto; vacinas serão destinadas apenas aos profissionais da saúde nesse primeiro momento

    Soraya Lauandda CNN , em São Paulo

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou durante agenda em São Paulo, que o surto de varíola dos macacos no país não será controlado com a primeira remessa de vacinas que o Brasil vai receber.

    Segundo ele, as 50 mil doses vão ser divididas em três remessas e o primeiro lote deve chegar até o final de agosto. Neste primeiro momento as vacinas serão destinadas apenas aos profissionais da saúde.

    Queiroga reforçou que a prioridade da pasta é estruturar a rede de diagnósticos no país e oferecer informação à população.

    “Nós já temos oito laboratórios, no início eram quatro. O Brasil, inclusive, apoiou os países aqui da região sul-americana em relação a essa questão do diagnóstico e deve expandir para todos os laboratórios centrais. Os laboratórios privados já começam a fazer esses exames para fortalecer essa questão do combate da Monkeypox, que é diferente da Covid-19”.

    O ministro ainda lembrou que o alerta é para evitar que ocorra uma explosão de casos da doença que, segundo Queiroga, não tem letalidade alta. “Temos de informar a forma de contágio, diagnosticar e fazer isolamento”, completou.

    Até o momento, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra 2.415 casos confirmados de varíola dos macacos nos estados de São Paulo (1.732), Rio de Janeiro (263), Minas Gerais (102), Distrito Federal (92), Paraná (52), Goiás (53), Bahia (19), Ceará (9), Rio Grande do Norte (4), Espírito Santo (5), Pernambuco (13), Tocantins (1), Acre (1), Amazonas (5), Pará (1), Paraíba (1), Piauí (1), Rio Grande do Sul (29), Mato Grosso (2), Mato Grosso do Sul (8), e Santa Catarina (22).

    Campanha contra a poliomielite

    Ao ser questionado sobre a vacinação contra a poliomielite, Queiroga voltou a dizer que é “inaceitável” que ainda haja pessoas com doenças que pode ser evitadas com imunizantes.

    “A poliomielite também gera sequelas. Por isso, precisamos falar da importância dos pais, das mães e dos avós levarem seus filhos às salas de vacinação, mas infelizmente autoridades públicas cerceiam as nossas falas. Já que não vamos falar, vamos furar a sola do sapato”.

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, vetou novo pedido para exibição do pronunciamento do ministro da Saúde sobre a vacinação contra a poliomielite e a multivacinação de 2022. O pronunciamento ocorreria em cadeia nacional de rádio e televisão.

    Na decisão assinada na segunda-feira (8), Fachin afirmou que o princípio da impessoalidade “desautoriza a personificação de programas da administração pública federal”, especialmente no período que antecede as eleições.

    No pronunciamento, Queiroga elogiava a atuação do governo no combate à Covid-19 e destacava a “capacidade de adquirir e vacinar, em tempo recorde, a nossa população”.

    “A tônica do discurso considera que o restante da manifestação narra a atuação do Ministério da Saúde, no passado remoto e próximo, além de renovar a pretensão de manifestar-se sobre o Dia Nacional da Saúde”, afirmou o Fachin.

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