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    Subvariante Éris tem pouco impacto, mas é fundamental ter atenção, diz infectologista

    Taxa de transmissão da cepa é maior, mas não leva a quadro grave da doença, explica o especialista

    Iasmin Paiva

    São Paulo

    Jean Gorinchteyn, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas, afirmou em entrevista à CNN que a nova subvariante do coronavírus, detectada no Brasil nesta semana, tem maior infectividade – capacidade de ser transmitida entre as pessoas -, mas não preocupa em relação à sua letalidade. Mesmo assim, ele ressaltou que é importante ter atenção.

    “Ela tem uma característica de transmissão maior entre pessoas, sem no entanto levar a impactos na saúde, como gravidade da doença, internações hospitalares e mortes. Mas de toda forma é fundamental que tenhamos essa atenção para a cepa”, alerta o especialista.

    Nesta semana, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou o primeiro caso da subvariante do vírus, chamada Éris. A paciente infectada tem 71 anos e mora na capital paulista, ela deu entrada no hospital no dia 13 de agosto e recebeu alta no dia seguinte.

    A cepa foi primeiramente identificada no mundo em fevereiro de 2023, explica Gorinchteyn, e de lá pra se disseminou em mais de 50 países. “Muito possivelmente, ela já estava se disseminando pelos estados do país de forma silenciosa”, avalia. 

    “Atualmente, essa subvariante é a mais frequente e comum no mundo atualmente, devido à questão de transmissibilidade alta, mas a gravidade de doença e risco de morte é muito menor, não impactou na saúde pública”, explica o infectologista. 

    Como se proteger?

    Para Gorinchteyn, a maneira mais eficaz de se proteger da nova subvariante é tomando a vacina bivalente, a única capaz de proteger contra essa cepa da doença.

    Mas preocupa o especialista que menos de 30% da população brasileira tenha tomado essa dose da vacina.

    No município de São Paulo, apenas 26% da população está vacinada com essa dose, no estado o percentual é de 36%, pontua o especialista.

    “De forma errônea, as pessoas não se vacinam mais, mas é importante ter essa atenção. Essa é apenas mais uma variante, virão outras, grande parte do planeta não está devidamente imunizada. Naturalmente, quando um vírus circula mais, maior a chance de subvariantes surgirem.”

    Além disso, para pessoas com imunidade baixa, como idosos, gestantes e pessoas com problemas de saúde, ele considera ser importante usar máscaras em locais com aglomeração.

    Gorinchteyn ainda explica que as pessoas têm apresentados sintomas muito mais leves do que antes, quando contraem a subvariante Éris. “Dor de garganta e nariz entupido são sintomas de outros vírus que também circulam por aí”, avalia. 

    Para esses casos, o especialista aponta que as pessoas podem manter as atividades cotidianas, mas usar mascaras, álcool gel, preferir ambientes arejados, e se afastar por cinco dias de outras pessoas para evitar a transmissão. 

    Produzido por Ana Beatriz Dias