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    SP precisa conter transmissão interpessoal de forma intensa, avalia médico

    À CNN, Marcio Sommer Bittencourt afirmou que medidas adotadas na fase emergencial são 'possivelmente insuficientes' para reduzir casos e mortes no estado

    Produzido por Layane Serrano, da CNN, em São Paulo

    O recorde de mortes em 24 horas por Covid-19 no estado de São Paulo pode ser classificado como consequência da cadeia de transmissão viral, avaliou o médico Marcio Sommer Bittencourt, pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Universidade de São Paulo (CPCE-USP).

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (23), ele destacou que o afrouxamento das medidas restritivas, que acontecem desde o segundo semestre de 2020, é refletido nos dados mais recentes da pandemia. Por isso, segundo o especialista, as medidas da fase emergencial, a mais restritiva do Plano São Paulo, “são adequadas, mas possivelmente insuficientes dada a gravidade da situação”. 

    “Estamos implementando de forma pouco intensa as medidas de contenção da transmissão interpessoal do vírus. Deveríamos estar implementando medidas mais intensas, se considerarmos a gravidade na qual se encontra não só a cidade de São Paulo, mas o estado inteiro e várias outras regiões do país”, afirmou.

    Dados divulgados pela Secretaria de Saúde de São Paulo nesta terça-feira (23) mostram que 1.021 mortes por Covid-19 foram registradas no estado nas últimas 24 horas, totalizando 68.623 mortes.

    “Se tem primeiro um aumento do número de casos, depois de internações e, consequentemente, uma parte vai resultar em óbitos”, avaliou Bittencourt. “Estamos em aumento progressivo sustentado do número de internações continuamente desde novembro, e muito intenso da metade de fevereiro para cá”, completou.

    Pacientes com coronavírus são transferidos na zona Leste de São Paulo
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    Foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo