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    Soro com anticorpos de cavalos não deve ser vendido em farmácias, diz instituto

    Cada animal pode produzir em média 1,5 mil ampolas

    Da CNN

    Estudos iniciados em maio por pesquisadores brasileiros verificaram que soros produzidos por cavalos para o tratamento da Covid-19 têm, em alguns casos, até 50 vezes mais potência em termos de anticorpos neutralizantes do vírus causador da doença. 

    Em entrevista à CNN,  Adilson Stolet, presidente do Instituto Vital Brazil, responsável pela produção do soro, afirmou que espera a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a distribuição. Ele disse ainda que o medicamento só poderá ser aplicado por médicos e que a sua venda em farmácias está proibida.

    “Não será um produto que a pessoa comprará em uma farmácia. Ele tem que ser aplicado por um médico em casos mais graves da doença. Com isso, evitaremos o principal problema que enfrentamos nesta pandemia que é a falta de respiradores e o pico de morte que não está deixando de crescer.”, afirmou.

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    ‘Soro com anticorpos de cavalos não poderá ser comprado em farmácia’, diz instituto
    Foto: Reprodução/CNN

    O trabalho científico foi desenvolvido em parceria com cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fiocruz. O Instituto Vital Brazil tem capacidade para produzir, por ano, 300 mil ampolas (de 10 ml cada) com o soro anti-Covid-19. Cada 10 cavalos produzem em média 1.500 ampolas com o soro. 

    “Iniciamos este trabalho no inicío da pandemia. Foi a UFRJ que nos ofereceu um fragmento do vírus e imunizamos o cavalo. Depois de dois meses e meio a gente conseguiu pegar esse plasma, conseguimos refinar e purificá-lo, diferente do plasma humano”, prosseguiu Stolet.

    Como se trata de uma tecnologia já muito conhecida, os pesquisadores esperam poder pular a fase de testes pré-clínicos e partir direto para os testes com seres humanos. Já existe uma parceria firmada com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) para a testagem.

    “O que precisamos agora é a aprovação da Anvisa para utilizar os testes clínicos nas pessoas. Prentendemos pular um pouco esta etapa porque o nosso soro já é reconhecido há um século e as chances de se ter um efeito colateral são mínimas. Nosso objetivo é entregar este soro para 20% dos pacientes que têm sintomas”, finalizou.

    (Edição: Leonardo Lellis)

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