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    Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda uso de cloroquina em crianças

    Para associação, prescrição da substância é inadequada em razão da falta de evidências consistentes

    A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nota, nessa terça-feira (16), na qual reafirma sua posição contrária ao uso dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento de crianças com suspeita do novo coronavírus.

    No posicionamento, a SBP classifica como inadequada a prescrição dessas substâncias para crianças e adolescentes diante da “inexistência de evidências consistentes e reconhecidas pela comunidade científica como válidas”. Esta recomendação, segundo a organização, é válida para qualquer quadro, tanto de sintomas leves quanto graves.

    “A ausência dessas evidências sólidas impede o uso seguro dessas drogas, seja porque não há confirmação sobre seus efeitos terapêuticos positivos contra a Covid-19, seja porque ainda não foram mensurados com exatidão seus possíveis efeitos colaterais”, diz a nota da entidade.

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    O texto ainda reitera o posicionamento divulgado pela SBP no dia 29 de maio sobre o tema, que já alertava para o uso dessas drogas no tratamento de crianças e adolescentes, mesmo antes da recomendação do Ministério da Saúde.

    Na segunda-feira (15), a pasta anunciou um novo protocolo para a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina para crianças e gestantes. O uso está condicionado à avaliação médica, com realização de exames. A prescrição fica a critério do médico, e é necessária a vontade declarada do paciente. No caso de pacientes pediátricos ou incapacitados, é preciso haver um termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis legais.

    O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, já havia divulgado, em 20 de maio, a recomendação de cloroquina para pacientes com sintomas leves de Covid-19.

    De acordo com o documento anunciado pela pasta, cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.

    Até então esse tratamento era considerado apenas para pacientes com sintomas graves.

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