Síndrome rara associada à Covid-19 causa a morte de criança em Pernambuco
Dentre os principais sintomas associados à síndrome estão: falta de ar, febre, manchas no corpo, conjuntivite, dores articulares e abdominais e diarreia
O estado de Pernambuco registrou na terça-feira (25) a primeira morte causada pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica associada à Covid-19. A vítima é uma menina de 11 anos. A síndrome rara tem se manifestado em crianças que contraíram o novo coronavírus, mas os médicos ainda não sabem ao certo qual a relação entre as duas doenças. O Ministério da Saúde está monitorando, até o momento, 194 casos suspeitos e 14 óbitos que podem ter sido causados pela síndrome no Brasil.
“Se notou que algumas crianças, que tinham desenvolvido Covid uma ou duas semanas antes, apresentavam um quadro tóxico”, explicou o médico infectologista e pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, em entrevista à CNN.
O médico também deixa claro que não há nenhuma correlação entre a gravidade da Covid-19 e a evolução da doença para a Síndrome Inflamatória Multissistêmica, em alguns casos as crianças sequer haviam manifestado algum sintoma por causa do novo coronavírus. Ainda não sabe, também, porque a Covid-19 deixaria as crianças mais suscetíveis a desenvolver uma doença inflamatória tão grave quanto esta.
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Os sinais de alarme, que devem deixar os pais atentos para a possibilidade de que seu filho apresente essa condição, são os sintomas mais comuns, principalmente se a criança tiver contraído o coronavírus recentemente. Dentre os principais sintomas associados à síndrome estão: falta de ar, febre, manchas no corpo, conjuntivite, dores articulares e abdominais e diarreia.
Na sexta-feira (21), a Organização Mundial da Saúde declarou em seu site que crianças abaixo dos 5 anos não devem ser obrigadas a usar máscara. Renato discorda, “estamos aos poucos conquistando essa cultura de usar máscaras, eu acho que essa declaração que a OMS fez vai na contramão do que a gente vem falando.” A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso de máscaras em crianças acima de dois anos.
*Sob supervisão de Elis Franco