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    ‘Significa que o protocolo está sendo cumprido’, diz Oliveira sobre AstraZeneca

    Ex-secretário do Ministério da Saúde não acredita que um imunizante contra a Covid-19 estará disponível antes de junho ou julho de 2021

    Da CNN, em São Paulo

    Após a AstraZeneca suspender os testes de estágio final da aguardada candidata à vacina contra a Covid-19, o epidemiologista Wanderson Oliveira avaliou em entrevista à CNN que eventos como este “não são desejáveis”, mas que a fase 3 de testes clínicos existe justamente para avaliar a segurança e eficácia de um imunizante e, assim, evitar que isso aconteça depois que ele já estiver no mercado.

    A notícia da suspensão de testes da vacina, que é desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e testada no Brasil e em outros países, foi divulgada no site Stat News nesta terça-feira (8). A AstraZeneca disse que fará a revisão dos dados de segurança.

    “[Isso] significa que o protocolo está sendo cumprido conforme o planejado. Isso é um processo esperado, tem que investigar as causas dessa reação. O que nós sabemos é que eventos similares a estes já ocorrem em outros estudos. A interrupção ocorre para que se possa investigar e retomar novamente”, explicou o ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

    Oliveira disse ainda que o ocorrido não significa que o desenvolvimento da imunização retroagirá uma fase. 

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    Wanderson Oliveira
    Wanderson Oliveira, epidemiologia e ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
    Foto: CNN (08.set.2020)

    “Eu não sei detalhes da reação adversa, se a pessoa tinha alguma condição genética ou de risco que poderia ter ocorrido esse padrão. Então, primeiro, tem que se concluir a investigação”, afirmou. 

    De acordo com o ex-secretário, não é possível dimensionar quanto tempo pode levar a revisão da vacina, uma vez que a ciência segue um processo “muito criterioso”.

    Em todo o caso, Oliveira voltou a dizer que não acredita que um imunizante contra o novo coronavírus estará disponível antes de junho ou julho do ano que vem. 

    (Edição: Sinara Peixoto)