SP: Idosos acima de 60 anos poderão receber doses que sobram na capital
Segundo secretário Edson Aparecido, município fará lista de espera e pessoas serão chamadas para receber doses remanescentes
Maiores de 60 anos da cidade de São Paulo poderão se vacinar com doses remanescentes do imunizante nos postos de saúde da rede municipal, informou o secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido. Para isso, será feita uma lista de espera, e os idosos serão chamados se houver excedente.
“Os idosos com mais de 60 anos podem procurar nossas unidades de saúde. Estamos fazendo uma lista de espera, para, caso haja aquelas doses que ficam remanescentes, nós chamamos os idosos para que eles possam ter a vacinação. Se tiver idosos acamados, nossas equipes vão até a residência da pessoa vaciná-la. Nós também temos procurado sempre ao final do dia utilizar as doses que são de frasco único para não haver qualquer tipo de desperdício”, explicou em entrevista à CNN.
O secretário explicou que o cadastro e a consulta da unidade mais próxima pode ser feito no site da prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br). “Nós temos a programação de receber as novas doses para a faixa etária de 80 a 85 anos para iniciarmos a vacinação no dia 1º de março”, acrescentou.
O secretário também disse que 21% das pessoas internadas na cidade não residem na capital paulista. Além disso, os hospitais da cidade estão com 70% dos leitos de UTI ocupados, sendo que de sábado (20) até segunda-feira (22) houve um aumento de 5%. Esta é a maior taxa de ocupação dos últimos três meses.
“Vinte e um porcento das pessoas internadas não residem aqui na cidade de São Paulo. Portanto, já há uma pressão muito grande de outros municípios da região metropolitana e do restante do estado, onde houve um aumento muito acelerado de casos, ocupando inclusive leitos aqui na capital”, explicou ele.
Segundo o secretário municipal, o comitê de contingência do estado se reunirá ainda nesta terça-feira (23) para poder analisar novas medidas que serão implementadas em todo o estado e na região metropolitana para evitar a propagação do vírus.
“É muito preocupante. Estamos monitorando os sintomáticos respiratórios em toda cidade e testando aqueles que apresentam sintomas para que a gente possa ter um acompanhamento, e [evitar] que isso se reverta em um curto espaço de tempo em um aumento de óbitos na cidade”, afirmou Aparecido.
“Precisamos adotar medidas e hoje temos reunião com a vigilância sanitária do município e depois com o comitê de contingência. Nós precisamos tomar medidas conjuntas com todo estado e com a região metropolitana. Esse processo de elevação de casos e internações é generalizado no estado. Tomar medidas isoladas neste momento não vai ter eficácia no controle da disseminação da doença”, continuou.
O estado de São Paulo atingiu o maior número de internações desde o início da pandemia, confirmou o governo paulista durante entrevista coletiva na segunda (22).
Atualmente, há 6.410 pacientes internados em leitos intensivos. Antes, o maior número havia sido de 6.250, em julho de 2020.