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    SBIm: ‘Observamos uma diminuição de casos graves e óbitos em pessoas vacinadas’

    À CNN, presidente da Sociedade Brasileira Imunizações, Juarez Cunha, também entende ser prematuro encurtar intervalo entre as doses no Brasil

    Produzido por Renata Souza, da CNN em São Paulo*

    Em entrevista à CNN, o presidente da Sociedade Brasileira Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, disse que após seis meses de vacinação contra a Covid-19 no Brasil já é possível evidenciar uma melhora nos quadros clínicos de pacientes que receberam o esquema vacinal completo. “Temos observado, na vida real, uma diminuição de casos graves e óbitos em pessoas vacinadas. Essa é uma excelente notícia, independente de qual vacina está sendo utilizada.”

    Ainda que as vacinas não impeçam o indivíduo de ser contaminado e transmitir o coronavírus, a proteção do imunizante faz com que a doença não progrida.

    Ainda assim, Juarez faz uma ressalva de que com pouco mais de 15% da população brasileira tendo tomado as duas doses, ou a vacina de dose única da Janssen, ainda não é possível perceber uma diminuição da transmissão viral no Brasil.

    “Tanto que nós temos em torno de 1.500 óbitos por dia e o óbito é uma consequência final da doença. Então, significa que nós ainda temos uma circulação importante do vírus em nosso país.”

    Intervalo entre as doses

    Na análise do presidente da SBIm, a discussão sobre encurtar o intervalo entre as doses dos imunizantes AstraZeneca e Pfizer, que estão sendo aplicados com o prazo de 12 semanas, é contraproducente neste momento.

    “Fazer a segunda dose é fundamental, mas achamos que neste momento precisamos ainda aumentar o nosso número de pessoas vacinadas com a primeira dose antes de diminuir intervalos.”

    Dose de reforço

    A Sociedade Brasileira de Imunizações também considera “prematura” a intenção de revacinar com uma dose de reforço quem já tomou as duas doses contra a Covid-19 no Brasil. 

    “A gente não tem ainda respaldo científico para isso. E é prematuro no sentido de que precisamos avançar muito ainda com primeira e segunda doses para depois pensarmos, sim, se vai existir essa necessidade de terceira dose, seja para prolongar a proteção, seja para pegar as variantes que possam estar aparecendo.”

    * (supervisionada por Elis Franco)