Saúde rebate Doria e envia documentos com investimento na produção da Coronavac
Entre os documentos, está a edição do Diário Oficial da União de 24 de dezembro com convênio celerado entre o ministério e o instituto
O Ministério da Saúde rebateu o governador de São Paulo, João Doria, e enviou à CNN, na noite deste domingo (17), documentos que, segundo a pasta, atestam que o governo federal contribuiu financeiramente com a produção da Coronavac pelo Instituto Butantan.
Entre os documentos, está a edição do Diário Oficial da União de 24 de dezembro com convênio celerado entre o ministério e o instituto, por meio do qual a pasta transfere R$ 63,2 milhões para aquisição de equipamentos para o Centro de Produção Multipropósito de Vacinas do Butantan.
Esse centro pertence ao instituto Butantan e está passando por obras de ampliação. Segundo o extrato do convênio da União com o instituto, desse montante, R$ 42,7 milhões seriam transferidos ainda em 2020 e outros R$ 20,5 milhões em 2021. Procurado, o Butantan ainda não respondeu.
Em coletiva mais cedo, o governador paulista se disse “atônito” com as declarações do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que as doses da vacina aplicadas neste domingo pelo governo paulista teriam sido compradas pelo governo federal.
“A vacina do Butantan só está em São Paulo e no Brasil porque foi investimento do governo de estado de São Paulo. Não há nenhum centavo, nem para estudo, pesquisa, nada, do governo federal. Seja honesto, chega de mentiras”, afirmou Doria.
À CNN, o Ministério da Saúde também enviou ofício encaminhado à pasta em 8 de janeiro pelo Butantan no qual o instituto afirma que a primeira parcela do contrato firmado com o laboratório chinês Sinovac foi “feito na sua totalidade com recursos privados”.