Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Saúde e Fiocruz divergem sobre quantidade de doses entregues nos próximos dias

    A previsão é receber 9,3 milhões de doses da Coronavac e mais 4 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca

    Frascos com vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca
    Frascos com vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca Foto: Lee Smith/Reuters

    Leandro Resendeda CNN

    O Ministério da Saúde projeta disponibilizar cerca de 13,3 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para estados e municípios ainda neste mês. A previsão é receber 9,3 milhões de doses da Coronavac e mais 4 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. No entanto, há uma contradição entre o que diz o Ministério da Saúde e o cronograma de produção informado pela Fiocruz.

    De acordo com a instituição, que recebeu o insumo para produzir a vacina de Oxford no último dia 6 de fevereiro, as primeiras vacinas feitas no laboratório de Bio-Manguinhos – 1 milhão de doses – serão entregues ao Programa Nacional de Imunizações em março. Se não tiver nenhum atraso, a data prevista é 19 de março. 

    Para tentar compensar isso, a Fiocruz articula, como revelou a CNN, a compra de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca, que podem chegar já na próxima semana, no dia 23 de fevereiro. Há uma articulação para tentar aumentar o número de doses, mas apenas 2 milhões estão, hoje, garantidas. 

    O Ministério da Saúde reforçou à CNN que 4 milhões de doses da vacina de Oxford virão da Fiocruz e que isso está previsto em contrato.

    Cronograma da Fiocruz 

    Na quarta-feira (17), a Fiocruz concluirá a produção dos lotes testes – 400 mil doses ao todo – e o objetivo é estabelecer todo o processo de produção daqui em diante.  Em seguida, essas primeiras doses passam por um processo de pré-validação interna e serão liberadas para a aprovação da Anvisa, prevista para ocorrer na quinta-feira (18). 

    De acordo com o cronograma da Fiocruz, esse processo interno, previsto para terminar amanhã, consiste em: envase, recravação (colocação da tampa no frasco), rotulagem, embalagem e o controle de qualidade do produto.

    Na primeira etapa, que já foi finalizada, ocorreu o descongelamento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), diluição e adição de uma solução-tampão (que serve para evitar que o pH varie) na mistura. A Fiocruz afirma que estas primeiras doses da vacina AstraZeneca/Oxford serão entregues ao Programa Nacional de Imunização (PNI) no próximo mês. 

    A partir de abril, a Fiocruz passará a produzir o IFA em território nacional. No entanto, por conta de uma série de etapas de validação, segurança e qualidade, as primeiras doses totalmente fabricadas pela fundação no Brasil serão entregues ao PNI a partir de agosto. 

    Serão 110 milhões de doses nacionais entregues até o fim do ano. Assim que a vacina Oxford/AstraZeneca passar por todas as validações e for aprovada, ela começa a ser produzida pela Fiocruz em larga escala. 

    Inicialmente serão 700 mil doses diárias, com a ampliação para 1,3 milhão a partir de março.