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    RJ tem aumento na taxa de ocupação de leitos nas redes pública e privada

    Número de internações por Covid-19 em leitos de enfermarias do estado aumentou 16% entre 1º e 14 de agosto com avanço da variante Delta

    Isabelle Resende e Camille Couto, da CNN, no Rio de Janeiro 

    O avanço da variante Delta do novo coronavírus no estado do Rio de Janeiro já é refletido nas internações dos hospitais da rede pública estadual. A taxa de ocupação de leitos de enfermaria cresceu 16% entre as duas últimas semanas epidemiológicas (32 e 31), que correspondem ao período de 1º a 14 de agosto. Já as internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) cresceram 6,5% no mesmo período.

    De acordo com o painel da secretaria estadual de saúde, 70% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados, enquanto nas enfermarias a taxa é de 46%. Algumas cidades do interior já atingiram 100% da capacidade de ocupação de leitos de UTI, como Miracema, Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana, no Norte Fluminense.

    Mas, de acordo com o secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, cidades com pouca oferta de leitos, como o caso dos municípios do Norte do estado, tendem a ter uma taxa de ocupação mais elevada. Chieppe ressalta que a situação está sob controle e que em caso de necessidade de internação, o paciente é transferido para o município vizinho, através da Central de Regulação.    

    O aumento na taxa de ocupação de leitos é visto pela secretaria como um sinal de alerta. Na quarta-feira (11), a pasta anunciou a ativação do Plano de Contingência e abertura de leitos na Baixada Fluminense, depois que o governo admitiu que a capital fluminense se tornou o epicentro da variante Delta no país. O número de solicitações diárias de internações por Covid-19 saltou de 106 em 7 de agosto, para quase o dobro apenas três dias depois: 206. 

    Com base no plano, serão abertos mais 20 leitos no Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz (HERCruz), conhecido como hospital modular de Nova Iguaçu. A unidade tem sido utilizada exclusivamente para pacientes com Covid-19 desde a construção no ano passado.

    A secretaria ressalta que a reabertura de leitos é uma medida preventiva, considerando a mudança do cenário epidemiológico. Além dos leitos do HERCruz, o plano prevê ainda um chamamento público para a contratação de leitos de CTI e a desmobilização do Hospital Regional do Médio Paraíba Dra. Zilda Arns Neumann, que estava sendo transformado para atender pacientes não Covid – a unidade voltará ao atendimento da Covid-19.

    Movimento similar em hospitais particulares

    A rede privada também nota maior demanda por leitos. De acordo com a Associação dos Hospitais do Estado do Rio, em uma semana a ocupação aumentou em 10% em todo o estado.

    Atualmente, o Rio de Janeiro está com a média 60% das UTIs ocupadas na rede particular, enquanto na capital, que contabiliza ao menos 70 casos da variante originária da Índia, a ocupação é de 70% na rede privada.  

    A Delta já é a variante predominante no estado do Rio de Janeiro, segundo o secretário Alexandre Chieppe. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nessa terça-feira (17), a linhagem originária da Índia corresponde a 60,3% das amostras sequenciadas no estado.  Na capital, este percentual chegou a 66%.

    A Delta já está presente em 67 dos 92 municípios e foi confirmada em todas as 9 regiões fluminenses. Nesta última rodada, o programa de vigilância genômica da Covid-19 analisou 360 amostras coletadas entre os meses de junho e julho. 

    Na capital fluminense, 95% dos leitos de UTI na rede SUS estão ocupados. Segundo dados da Prefeitura do Rio, 12 pessoas aguardam na fila por um leito.