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    Rio: Uma semana após liberação de máscaras, mais de 40% não tomaram dose de reforço

    Meta da prefeitura do Rio de Janeiro é deixar de exigir o passaporte da vacina quando 70% dos cariocas já tiverem tomado o reforço

    Helena VieiraNathalia Teixeirada CNN , Rio de Janeiro

    Nesta segunda-feira (14), a capital do Rio de Janeiro completa uma semana da não obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. A única medida sanitária para a Covid-19 ainda adotada no município é a cobrança do passaporte da vacina nos estabelecimentos comerciais.

    A meta da prefeitura da capital fluminense é deixar de exigir o documento quando 70% da população carioca tiver recebido a dose de reforço da vacina contra a doença. Atualmente, esse índice é de 56,4%. De acordo com a secretaria municipal de saúde, 670 mil cariocas elegíveis ainda não procuraram os postos para tomar o reforço.

    A liberação das máscaras em locais fechados, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, teve como base os números de casos de Covid-19 na cidade e a cobertura vacinal. De acordo com os últimos dados do Painel Rio Covid-19, a taxa de letalidade pela doença está em 0,3%.

    À CNN, o secretário de Saúde, Daniel Soranz, disse que o cenário epidemiológico no Rio de Janeiro é muito positivo e que a partir de agora teremos que conviver com a Covid-19 como uma endemia, assim como outras doenças, por isso, a vacinação é tão importante.

    “Não dá para pensar no momento atual, em erradicação da Covid-19. Ela vai continuar presente no nosso dia a dia. O que a gente sabe é que as pessoas vacinadas têm um risco muito pequeno de contrair a forma grave da doença e evoluir para óbito. Por isso, é importante que as pessoas tomem a 2ª dose da vacina e a dose de reforço, que é essencial para essa proteção. Fazemos um apelo para que os cariocas não deixem de tomar a dose de reforço” – afirmou Soranz.

    Durante o final de semana, as equipes da CNN percorreram as ruas do Rio e mostraram que, entre os que usavam o equipamento de proteção, a maior parte era de idosos. O decreto municipal aconselha que os maiores de 60 anos, imunossuprimidos e pessoas não vacinadas ou que não completaram o esquema vacinal continuem usando a máscara.

    Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), ainda é cedo para avaliar o impacto da nova medida no setor, mas avalia a medida como positiva.

    O presidente do Sindicato de Hotéis, Alfredo Lopes, disse que muitos hóspedes ainda não abandonaram o hábito de usar a máscara e que está animado com a temporada de eventos para o turismo.

    “Em relação à não obrigatoriedade do uso de máscara percebo muitas pessoas usando ainda. O Rio está bem cheio, muitos turistas e a gente acredita que essa temporada será muito boa ainda mais com a chegada do carnaval. Ainda bem que esse ano de 2022 tem um calendário de eventos muito bons”, afirma.

    Até o momento, doze capitais e o Distrito Federal já tornaram o uso de máscaras facultativo. A partir desta segunda-feira (14), a cidade de Vitória, no Espírito Santo, passa a flexibilixar o uso da máscara em locais abertos. Nas cidades do Rio de Janeiro, Natal e no DF não há mais exigência do item de proteção em ambientes fechados.

    Com informações de Bruna Carvalho e Camille Couto

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