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    Rio começa a distribuir seringas e agulhas que serão usadas em vacinação

    Para o transporte das caixas, o governo do Rio de Janeiro montou uma operação que conta com escolta, monitoramento por câmeras e até o uso de aeronaves

    Camille Couto e Cleber Rodrigues, da CNN Brasil, no Rio

    Começaram a ser distribuídas na manhã deste sábado (16) as 5,5 milhões de agulhas e seringas que serão usadas na fase inicial de imunização contra a Covid-19 no Rio de Janeiro. Os insumos estão saindo da Central Geral de Abastecimento (CGA), em Niterói, e têm previsão de chegar em, no máximo, quatro dias aos 92 municípios fluminenses. 

    Para o transporte das caixas, o governo do Rio de Janeiro montou uma megaoperação, que conta com escolta da polícia, monitoramento por câmeras e até o uso de aeronaves do estado. De Niterói, estão partindo 17 comboios da Polícia Militar para as demais cidades do estado. Segundo o governo, cem policiais participarão diariamente da ação, que será monitorada pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na capital. 

     

    De acordo com o governo, serão distribuídas 8 milhões de agulhas e seringas no primeiro lote e, no segundo, com previsão de entrega à Secretaria Estadual de Saúde em fevereiro, outras 8 milhões. Ainda segundo os representantes do Palácio Guanabara, o material foi comprado por R$ 0,17 a unidade, abaixo do valor estabelecido nas atas de preços vigentes. O plano de imunização da população fluminense prevê a aquisição de mais 50 milhões de agulhas e seringas. 

    Enquanto acompanhava a saída das primeiras caixas, o governador em exercício, Cláudio Castro, que estava ao lado do secretário estadual de saúde, Carlos Alberto Chaves, afirmou que o estado do Rio está preparado para a logística das entregas da vacina, e que todos os municípios irão receber as doses no mesmo momento. 

    “Nós estamos separando todas as aeronaves do estado e mais caminhões e vans para que a gente possa, no máximo, em doze horas, entregar tudo.  Então, não há essa necessidade de priorizar ninguém. A prioridade é de todo o estado, do maior ao menor município”, concluiu Castro. 

    Plano Nacional de Imunização

    A SES vai seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde (MS), que prevê a distribuição de vacinas contra Covid-19 para todos os estados do país. O PNI acontecerá inicialmente em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses.

    Fases

    A primeira fase prioriza os trabalhadores da saúde, a população idosa a partir de 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena;

    A segunda fase inclui pessoas de 60 a 74 anos. A terceira prevê a vacinação de pessoas com comorbidades e, por isso, maior risco de agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares). A quarta fase abrangerá professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

    População

    As quatro fases juntas contabilizam 5.454.912 habitantes. Na primeira fase, serão cerca de 811.235 idosos acima de 75 anos, 545.197 trabalhadores da saúde, 339 indígenas e 10.892 mil idosos em instituições de longa permanência (1.367.663 pessoas, ao todo).

    Na segunda fase, são cerca de 2.181.861 de idosos na faixa de 60 a 74 anos, e na terceira, cerca de 1.666.259 de pessoas com comorbidades. Na quarta fase, serão 97.225 professores, 92.205 profissionais das forças de segurança pública e salvamento, 991 funcionários do sistema prisional e 48.708 privados de liberdade.

    Outras medidas de enfrentamento

    Entre os meses de novembro e dezembro, a SES ampliou a rede dedicada ao tratamento da Covid-19 em 989 leitos, sendo 390 de UTI adulto e 599 de enfermaria nas unidades estaduais, a partir de incentivos do estado. Também foram realizados 26.897 testes de RT-PCR desde o dia 4 de dezembro nas quatro unidades abertas pelo estado.

    O programa é complementar à testagem de RT-PCR, que já vem sendo realizada em unidades municipais de saúde, coordenada pela SES. Desde o início da pandemia, já foram realizados 504.276 mil testes em parceria entre a SES, COSEMS e a Fiocruz.

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