Queiroga diz que proxalutamida precisa ser estudada para tratar a Covid-19
Estudo está na fase três e vai envolver 50 voluntários em Roraima e em São Paulo; fármaco é indicado no tratamento de câncer de próstata e de mama
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta segunda-feira (19) mais dois estudos clínicos no Brasil para o combate à Covid-19. Um deles vai avaliar a segurança e a eficácia do remédio proxalutamida na redução da infecção do novo coronavírus.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse no domingo (18) que era necessário estudar os efeitos do medicamento no combate à Covid-19. O estudo está na fase três e vai envolver 50 voluntários em Roraima e em São Paulo. A proxalutamida é um fármaco indicado no tratamento de câncer de próstata e de mama.
Além do Brasil, a pesquisa será feita em outros seis países, entre eles a Alemanha e os Estados Unidos.
Em conversa com jornalistas na manhã de hoje em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que medicamentos contra a Covid-19, como a proxalutamida, ainda precisam ser estudados e testados. O medicamento não tem eficácia científica comprovada contra a doença.
“A proxalutamida está no início dessas pesquisas e precisa estudar mais para verificar primeiro a sua segurança, segundo a sua eficácia, e, a partir daí, se pode ser considerada para o tratamento [da Covid-19].”
AstraZeneca
Outro estudo autorizado pela Anvisa é sobre a necessidade da aplicação de uma terceira dose da vacina da AstraZeneca.
O estudo também está na fase 3 de testes e vai ser feito em 10 mil voluntários na Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A dose adicional será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.