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    Queiroga aponta avanço da 2ª dose e do reforço vacinal para conter Ômicron

    Um dia após aprovação dos autotestes pela Anvisa, ministro da Saúde também defendeu estratégia para ampliar capacidade de diagnóstico

    Ministro Marcelo Queiroga
    Ministro Marcelo Queiroga Walterson Rosa/MS

    Isabelle SalemePauline Almeidada CNN

    Rio de Janeiro

    Em meio ao avanço dos casos da variante Ômicron pelo país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que não se pode “baixar a guarda”.

    “Nós experimentamos um aumento exponencial de casos, que é uma característica dessa variante. Também temos um aumento de óbitos. Esperamos que esse aumento de óbitos não seja proporcional ao número de casos, que seja semelhante ao que tenha acontecido com o Reino Unido, Espanha, Portugal”, afirmou neste sábado (29), em agenda no Rio de Janeiro.

    Segundo ele, a prioridade do Ministério da Saúde no combate à nova onda de contágio é avançar com aplicação da segunda dose da vacina para quem está com o calendário em atraso e também com a dose de reforço.

    “A campanha de 2022 se segue ao que foi feito em 2021, com muito sucesso. Nos últimos seis meses, nós reduzimos 85% dos óbitos por Covid-19. A principal explicação para isso é o sucesso da nossa campanha, da dose de reforço que começou a partir de agosto. Hoje, 25% da população brasileira já tomou a dose de reforço”, disse Queiroga.

    Testagem

    Um dia após a liberação do autoteste de Covid-19 pela Anvisa, Marcelo Queiroga disse que vê o exame como um aliado nesse momento de alta nos casos. “A sociedade pode buscar as farmácias, realizar o autoteste, que é uma iniciativa que se soma às políticas públicas para ampliar a capacidade de testagem”, avaliou.

    O ministro apontou que a falta de insumos para diagnóstico é um problema mundial, mas minimizou a questão e destacou a fabricação nacional.

    “No Brasil, hoje, nós temos a produção de testes internalizada, aqui mesmo a Fiocruz, Biomanguinhos, produz o teste rápido de antígeno, o RT-PCR. Nós estamos entregando aos estados. Essa atribuição não é só do Ministério da Saúde, é também dos estados e municípios. Há estados brasileiros que têm orçamentos maiores que muitos países. Temos que trabalhar juntos”, defendeu.

    Reforço nos hospitais

    Marcelo Queiroga esteve no Rio de Janeiro neste sábado para negociar a abertura de leitos. Nessa semana, o governo federal autorizou a manutenção, até o dia 28 de fevereiro, de 14 mil vagas de UTI nos estados e no Distrito Federal. A princípio, elas existiriam apenas até o início do próximo mês.

    Além disso, o Ministério da Saúde prometeu a reabertura de 6,5 mil novos leitos de terapia intensiva até março. Segundo dados levantados pela CNN, pelo menos seis estados e o Distrito Federal têm mais de 70% das UTIs para Covid ocupadas.

    Queiroga disse que a capital fluminense vai poder contar com mais 235 leitos nos próximos dez dias. No início da manhã, ele esteve no Hospital Federal de Bonsucesso para verificar a obra de recuperação do prédio atingido por um incêndio em outubro de 2020. Segundo o ministro, a reforma está pronta e agora só falta a contratação de profissionais para que sejam reabertos 135 leitos, entre enfermaria e UTI.

    Na sequência, Queiroga visitou o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ. “Agora a que assistimos um aumento dos casos da Ômicron, é possível que tenhamos uma pressão maior sobre o sistema de saúde. É necessário que esses leitos voltem a funcionar”, colocou.