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    Qualquer vacina contra a Covid-19 funciona como dose de reforço, diz estudo

    Pesquisadores britânicos fizeram testes com quem havia recebido Pfizer ou AstraZeneca e não testaram Coronavac, mas incluíram outros imunizantes utilizados na Europa

    Maggie Foxda CNN

    Qualquer uma das seis vacinas contra a Covid-19 produz uma forte resposta do sistema imunológico e deve funcionar como reforço, com segurança, para quem recebeu inicialmente doses da Pfizer ou AstraZeneca, relataram pesquisadores britânicos na quinta-feira (2).

    Eles afirmaram que as descobertas são especialmente importantes porque os estudos mostram que a proteção de duas doses dessas vacinas está diminuindo. A nova variante Ômicron pode escapar de alguns dos efeitos das vacinas, relataram os pesquisadores no jornal médico Lancet.

    E, quanto maior o intervalo entre a vacina inicial e a dose de reforço, mais forte é a resposta imunológica, segundo a pesquisa.

    “É realmente encorajador que uma ampla gama de vacinas, usando diferentes tecnologias, mostre benefícios como uma terceira dose para AstraZeneca ou Pfizer”, diz Saul Faust, do University Hospital Southampton, que liderou a equipe do estudo.

    “Isso dá confiança e flexibilidade no desenvolvimento de programas de reforço aqui no Reino Unido e globalmente, com outros fatores como cadeia de suprimentos e logística também em jogo ”, completou.

    Os pesquisadores deram aleatoriamente um dos sete diferentes reforços para mais de 2.800 pessoas, incluindo vacinas feitas pela AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson, Novavax, Moderna, Curevac, da Alemanha, e Valneva, da França.

    Depois de quatro semanas, quase todos tiveram respostas imunológicas semelhantes.

    A vacina da AstraZeneca não forneceu um forte impulso se administrada a pessoas inicialmente vacinadas com a mesma vacina, descobriram os pesquisadores.

    Por outro lado, qualquer uma das vacinas reforçou bem qualquer esquema vacinal anterior. A equipe acompanhará os voluntários por pelo menos um ano.

    E a Ômicron? Faust disse que esperava que as doses extras funcionassem bem contra a variante Ômicron, mas disse que a mutação não foi testada.

    Os pesquisadores não testaram as pessoas contra infecções na vida real, mas sim testaram seu sangue para respostas de anticorpos – que estudos mostraram serem bons indicadores de proteção contra infecções.

    Faust disse que as descobertas chegaram em um momento importante. “Com uma nova variante, precisamos tentar dar doses de reforço as pessoas”, disse ele aos repórteres.

    “Estamos bem no início de um período de inverno que será muito corrido. Trata-se apenas de garantir que as pessoas estejam o mais protegidas possível.”

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    *Esta matéria foi traduzida. Leia a original, em inglês

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