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    Qual é a diferença entre colostomia e ileostomia, como a de Preta Gil? Especialista explica

    Em tratamento desde que descobriu um câncer colorretal, a cantora compartilhou fotos nas redes sociais usando uma bolsa de ileostomia

    Renata Souzada CNN* , São Paulo

    Em fotos compartilhadas nas redes sociais, a cantora Preta Gil mostrou que está utilizando uma bolsa de ileostomia desde que passou por uma cirurgia para a retirada de um câncer no intestino, em agosto.

    “Sim, eu uso bolsa de ileostomia e não tenho vergonha de mostrar, pois essa bolsinha salvou minha vida e me deu a possibilidade de me restabelecer de uma cirurgia que retirou o tumor que eu tinha!”, escreveu Preta.

    Assim como a colostomia, a ileostomia é um tipo de ostomia — que são cirurgias realizadas para construir um caminho ligando um órgão ao meio externo.

    No caso desses dois procedimentos, feitos na região do abdome, o objetivo é auxiliar na eliminação das fezes.

    A diferença, segundo a especialista em gastroenterologia Maira Marzinotto, está no local em que as cirurgias são realizadas.

    “Colostomia é a exteriorização de uma alça de intestino grosso, enquanto a ileostomia é o mesmo procedimento com uma alça de íleo, que é a parte final do intestino delgado”, explica Maira.

    Mais “alta”

    Por conta disso, “no geral, a ileostomia é mais “alta” que a colostomia, pois o intestino é exteriorizado em uma porção em que o bolo fecal não teve a oportunidade de passar por nenhuma porção do intestino grosso ainda. Já na colostomia, ele passa por parte do intestino grosso e só é exteriorizado depois”.

    De acordo com a médica, as ileostomias, geralmente, são realizadas quando todo o intestino grosso ou a parte direita do cólon é retirada. Segundo ela, a intervenção pode ser temporária ou definitiva.

    “Tem uma parte do intestino que é visível e, em volta dessa alça, é colocada uma bolsinha que tem uma aderência com a pele, como se fosse um adesivo”, descreve.

    Os cuidados, segundo Maira, estão em aprender a trocar a bolsa e mantê-la higienizada, para evitar quaisquer processos infecciosos.

    “É relativamente tranquilo, as pessoas vivem bem com ostomias”, complementa a especialista.

    Diagnóstico

    Preta Gil recebeu o diagnóstico do câncer colorretal em janeiro deste ano. Em março, a cantora sofreu uma septicemia, fruto de uma infecção pelo cateter da quimioterapia, em que ela passou por quatro horas de perda de consciência, reanimação e 20 dias de UTI.

    Em julho, a artista disse que se ausentaria das redes sociais para focar em seu tratamento. “Queria começar esse texto dizendo que estou doente e não me refiro ao câncer. Estou doente emocionalmente”, escreveu.

    Já no dia 13 de agosto, a filha de Gilberto Gil, deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista e, nove dias depois, celebrou a cirurgia dizendo que o procedimento foi um sucesso e que seu corpo estava totalmente livre de células cancerígenas.

    “Cirurgia foi muito bem-sucedida. Complexa, grande, mas bem-sucedida. Somente ontem nós tivemos o resultado dela, porque o material foi para análise patológica. E chegou o resultado que sim, meu corpo está livre de células cancerígenas”, revelou Preta. A cantora recebeu a alta hospitalar no dia 10 de setembro.

    *Com informações de Caroline Ferreira, em colaboração para a CNN

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