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    Prevendo piora no número de internações, SP avalia prorrogar restrições

    O estado registra alta de 0,6% de hospitalizações por dia em razão da Covid-19

    Pacientes de Covid-19 que ficaram internados por 100 dias ou mais sofrem com o isolamento e sequelas
    Pacientes de Covid-19 que ficaram internados por 100 dias ou mais sofrem com o isolamento e sequelas Foto: Ruben Bonilla Gonzalo/Getty Images

    Marcela Rahal e Tainá Falcão, da CNN, em São Paulo

    Com média de internações em alta por causa do novo coronavírus, os médicos do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de São Paulo pretendem orientar o governo pela manutenção da fase de transição do Plano São Paulo. O estado registra alta de 0,6% de hospitalizações por dia em razão da Covid-19.

    A sugestão será discutida em reunião nesta quarta-feira (9) entre o governador e secretários. O anúncio oficial deverá ser feito ainda hoje. A medida conta com o apoio de prefeitos da região metropolitana da capital, que temem novo pico da doença até o final do mês. De acordo com os especialistas do centro de contingência, o estado deve registrar mais duas mil internações por Covid-19 em até dez dias.

    O estado de SP está com ocupação de leitos em 82%, com 11 mil pacientes internados com a doença. Sete regiões registram taxa acima de 90%: Barretos, Franca, Marília, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e São João da Boa Vista. Pelas regras atuais, o estado de São Paulo continua na chamada fase de transição do Plano de retomada da economia até 14 de junho. 

     

    Atividades comerciais estão permitidas até as 21 horas, com permissão de 40% de ocupação e toque de recolher das 21h às 5h.

    Apesar do cenário de risco, as hospitalizações crescem em ritmo menor do que em março deste ano, quando estado precisou entrar na fase mais restritiva do plano, a vermelha, com autorização apenas para funcionamento de serviços essenciais.

    Já na cidade de São Paulo, autoridades vislumbram dias mais difíceis. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 80%, mas a situação deve piorar até 20 de junho. A previsão é do secretário de Saúde do município, Edson Aparecido. Ele acredita que doença alcançará outro pico no período. Atualmente, 25% dos hospitais municipais já estão sem vagas para internações.

    Aparecido diz que a pasta tem feito uma força-tarefa com aquisição de insumos e abertura de novos leitos. “Estou abrindo 250 leitos de UTI, importamos kit intubação, instalamos 19 usinas de oxigênio, recebemos 347 respiradores e vamos contratualizar 200 leitos da rede privada para pacientes não-covid (com outras doenças)”, informou.

    A CNN apurou que alguns prefeitos acreditam que as medidas em vigor têm sido ineficientes para conter o avanço de casos de Covid-19. Gestores da região metropolitana têm se articulado para adotar medidas mais restritivas em conjunto para tentar frear um novo pico na região. A decisão deve ser confirmada até sexta-feira.

    O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), diz que aguarda anúncio oficial do governo para decidir em conjunto com outras cidades sobre outras medidas, mas defende que o estado estenda as regras atuais.

    “A fase de transição deve ser mesmo prorrogada, algumas cidades têm tomado medidas semelhantes e mais restritivas. Vamos aguardar anúncios estaduais para que a gente se manifeste sobre alguma medida além das tomadas. O conceito do ABC é de prudência e conscientização das pessoas porque os casos estão subindo”, disse.

    O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, responsável pelo contato com as prefeituras, confirma a discussão entre os gestores municipais, mas ainda não há qualquer definição.