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    Pressionado pela Ômicron, hospitais particulares do RJ registram fila de 4h para atendimento

    Número de pacientes com síndrome gripal saltou de forma significativa a partir do início de janeiro

    Agentes de saúde realizam a testagem da população para detecção da Covid-19
    Agentes de saúde realizam a testagem da população para detecção da Covid-19 João Gabriel Alves/Enquadrar/Estadão Conteúdo

    Lucas Janoneda CNN

    Rio de Janeiro

    Influenciado pela alta transmissibilidade da variante Ômicron da Covid-19, os hospitais privados do estado do Rio de Janeiro já percebem um aumento ‘expressivo’ no número de pacientes contaminados pelo vírus. E, segundo uma projeção feita pela Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ), diversas unidades particulares já registram fila de espera de pelo menos quatro horas. As informações foram obtidas pela CNN nesta quinta-feira (6).

    Apesar de ainda não ter números fechados, segundo Graccho Alvim, diretor da AHERJ, o número de pacientes com síndrome gripal saltou de forma significativa a partir do início de janeiro, poucos dias depois das comemorações do Natal e Réveillon. Ele explica que os sintomas da doença costumam se intensificar até o nono dia de infecção e, por isso, a procura por prontos-socorros deve aumentar ainda mais na próxima semana.

    “Em função da alta de casos de síndrome gripal e a grande procura nos últimos dias, devemos esperar um aumento significativo de internações para a próxima semana. Até o nono dia de infecção pode ocorrer a explosão de citocinas, gerando um quadro inflamatório severo nos pacientes”, disse o diretor da AHERJ.

    A CNN apurou que o hospital Samaritano, localizado na zona Sul da cidade do Rio, registra um aumento de 40% nos atendimentos no pronto-socorro, em relação ao mesmo período no mês de dezembro, em função da propagação da variante Ômicron. “Observa-se uma escalada significativa de pacientes com Covid-19, especialmente, na população mais jovem”, destaca o comunicado.

    Já no hospital Pró-Cardíaco, também na zona Sul, a alta nos atendimentos foi ainda mais perceptível: um crescimento superior a 120% em janeiro, quando comparado com o mês anterior.

    Localizado na zona Oeste da capital fluminense, o hospital Vitório apresentou um aumento de 90% nos atendimentos no pronto-socorro, em relação aos mesmos períodos nos meses de dezembro, novembro e outubro. “Observa-se uma escalada significativa de pacientes com sintomas respiratórios, sendo que os quadros de influenza atingiram um platô em dezembro e encontram-se em queda neste momento. Por outro lado, os casos de Covid-19 seguem em elevação”, diz o posicionamento oficial da unidade.

    A CNN solicitou ao estado e à prefeitura os dados de pessoas internadas nas redes públicas do Rio de Janeiro e aguarda um retorno. Na noite desta quinta-feira (06), em suas redes sociais, o secretário municipal de saúde da cidade, Daniel Soranz disse que 92,3% dos internados nas unidades municipais não tinham esquema vacinal completo.