Preferimos convencimento à obrigatoriedade de vacinas, diz presidente da SBIm
Juarez Cunha recomendou que responsáveis fiquem tranquilos em relação à segurança das vacinas em crianças
O governo de São Paulo anunciou que o comprovante de vacinação contra à Covid-19 será exigido nas escolas estaduais a partir do segundo bimestre deste ano. Os alunos que não apresentarem o certificado não serão impedidos de frequentar as escolas, mas seus responsáveis terão um prazo de 60 dias para regularizar a situação.
Em entrevista à CNN, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, defendeu que sejam utilizadas todas as estratégias para acelerar o ritmo da vacinação no país, inclusive de crianças.
No entanto, afirmou que o convencimento é um mecanismo melhor para campanha de imunização do que a obrigatoriedade. “A gente prefere ir para o convencimento. Mostrar que essa vacina protege, assim como todas as outras vacinas que a gente utiliza na infância”, explicou.
“As crianças têm sofrido com a Covid, com hospitalizações, óbitos, com a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica e com a Covid longa“, destacou, em defesa à vacinação.
Até o momento, mais de 1,3 milhão de doses foram aplicadas em crianças no Brasil.
Em relação à segurança das doses pediátricas, o médico afirmou que os responsáveis podem ficar tranquilos na hora de levar as crianças para tomar a vacina.
“Nós temos todo um embasamento científico, embasamento das sociedades científicas, liberação das principais agências regulatórias mundiais, incluindo a Anvisa, de vacinas seguras e eficazes”, garantiu.
Como a dose utilizada em crianças é diferente daquela disponibilizada para adultos, o especialista recomendou que o acompanhante confira se o frasco utilizado é o de cor laranja.
*Sob supervisão de Elis Franco