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    Prefeitos pedem revisão da suspensão de vacinas contra a Covid-19 para adolescentes

    Consórcio que reúne autoridades de 2.500 municípios afirma que medida do Ministério da Saúde prejudica o enfrentamento à Covid-19 e gera dúvidas da vacinação

    Iuri CorsiniElis Barretoda CNN

    O Consórcio Conectar, liderado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), oficializou nesta segunda-feira (20) um pedido para que o Ministério da Saúde revise a decisão que suspende a vacinação contra a Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos no Brasil.

    O presidente do Conectar e prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, explicou que a diretriz prejudica o planejamento das cidades e a vacinação. “Temos convicção de que há doses suficientes já contratadas para o atendimento eficiente a este público, que está exposto com o retorno das atividades escolares presenciais e precisa ser protegido”, diz Loureiro.

    A reunião de onde partiu a decisão aconteceu na tarde desta segunda-feira, e contou com a presença da epidemiologista e ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), Carla Domingues. O pedido dos prefeitos converge com o posicionamento de pelo menos outras cinco entidades cientificas.

    A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) também se manifestaram na semana passada, contra a medida tomada pelo Ministério da Saúde.

    Na cidade do Rio de Janeiro, que optou por não seguir a recomendação do Ministério da Saúde, a aplicação da vacina em adolescentes de 12 a 17 anos será retomada na quarta-feira (22). Nos dias 22 e 23, podem se vacinar meninas de 13 anos. No dia 24, é a vez dos meninos da mesma idade. A retomada da imunização nos adolescentes foi possível porque uma nova remessa da Pfizer (única autorizada pela Anvisa para esta faixa etária) foi entregue nesta segunda-feira (20) ao município do Rio.

    A orientação do Ministério vai na contramão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que afirma não haver razões para a suspensão da vacinação em adolescentes.