Potencial vacina contra febre maculosa visa controle do carrapato transmissor
À CNN Rádio, a professora Andrea Fogaça, que participa do desenvolvimento do imunizante, explicou funcionamento do estudo
Um estudo da Universidade de São Paulo está desenvolvendo uma vacina em potencial contra a febre maculosa.
A doença ganhou destaque devido a um surto na região de Campinas, no interior de São Paulo.
O trabalho, que acontece há 3 anos, foi divulgado na revista especializada “Parasites & Vectors” e quer controlar a população do carrapato-estrela, que transmite a febre maculosa.
À CNN Rádio, a professora do departamento de parasitologia da USP Andrea Fogaça explicou que o estudo mira uma proteína específica do carrapato.
“Essa proteína é essencial para a sobrevivência dele durante a alimentação no hospedeiro vertebrado”, disse.
Sendo assim, se este ciclo for interrompido, o número de carrapatos na natureza será reduzido, e, por consequência, a transmissão também terá queda.
“Neste momento, vamos imunizar animais nesta fase de laboratório e colocá-los em contato com o carrapato” para analisar os resultados, contou.
A professora lembrou que o “só os carrapatos infectados podem transmitir a bactéria que causa a doença.”
Os imunizantes, então, seriam aplicados em animais de grande porte, que atuam como hospedeiros do carrapato.
O estudo ainda deve levar, segundo a especialista, alguns anos para ser concluído.
*Com produção de Isabel Campos