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    Politização do combate à pandemia pode ser principal desafio de 2022, diz pesquisadora

    Observatório Covid-19 da Fiocruz apontou principais questões para enfrentamento da Covid-19 no ano que vem; instabilidade no sistema de dados e surgimento de novas variantes também aparecem entre principais

    Léo LopesRenata SouzaJorge Fernando Rodriguesda CNN , em São Paulo

    Pesquisadores do Observatório Covid-19 divulgaram um boletim, nesta quinta-feira (23), sobre os desafios do combate à pandemia para 2022.

    No documento, os cientistas elencam três principais pontos de preocupação. A falta de informações por conta da instabilidade nas plataformas da Saúde traz “imprecisões exponenciais” na tomada de decisões para gestão da crise sanitária, afirma o boletim.

    Os pesquisadores também citam o surgimento de novas variantes que podem levar o país a “cenários inesperados e indesejáveis”, e temem que o cenário do final do ano passado, quando surgiu a variante Gama, se repita.

    O boletim também demonstra preocupação com o “processo de politização das medidas de enfrentamento da pandemia”, que leva à “criação de um clima de descrédito e desconfiança em relação às vacinas”.

    Em entrevista à CNN, a pesquisadora do Observatório Covid-19 da Fiocruz, Margareth Portela, afirmou que a politização das medidas de combate à pandemia recomendadas pela ciência pode ser o principal desafio para o ano que vem.

    “Estamos vivendo nesse momento essa discussão lamentável em relação à vacinação de crianças, que é fundamental para diminuir a circulação do vírus”, disse.

    Veja o vídeo da entrevista completa ao CNN Novo Dia no topo da página.

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