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    “Poderemos exportar ou doar vacinas”, diz presidente da Fiocruz sobre IFA nacional

    Anvisa aprovou, nesta sexta-feira (7), inclusão na fabricação da vacina contra Covid-19 da Fiocruz com o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) nacional

    Anna Gabriela Costada CNN* , em São Paulo

    Nesta sexta-feira (7), a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, falou à CNN sobre a aprovação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) nacional para produção de vacinas contra a Covid-19. Segundo ela, a Fundação tem capacidade produtiva para importar e doar doses para países que ainda apresentam baixa taxa de imunização.

    Mais cedo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a inclusão na fabricação da vacina contra Covid-19 da Fiocruz com o IFA fabricado pela própria fundação via Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

     

    “Tudo sempre visto a partir das necessidades prioritárias do Sistema Único de Saúde do nosso país, mas já temos essa tradição de exportar vacinas, como é o caso da febre amarela, e teremos sim condições de exportar essa vacina ou mesmo contribuir com doações. É possível essa colaboração, e sim, a exportação de vacinas está em nosso horizonte”, afirmou Nísia.

    A presidente da Fiocruz reiterou que, a partir de maio, a capacidade de produção de vacinas será ampliada no Instituto, desta forma, ficará mais fácil viabilizar a contribuição a outros países.

    “Vamos ver como isso se ajusta dentro das necessidades do SUS e do mundo, principalmente na região da América Latina e Caribe, e da África, que necessita tanto de vacinas. Sabemos que há países em que apenas 2% da população foi vacinada, acho que o Brasil e a Fiocruz poderão dar essa contribuição muito importante, sabemos que só estaremos seguros quando todos estiverem vacinados”, afirmou.

    Até o momento, a Fiocruz dispõe de mais de 21 milhões de doses produzidas com IFA nacional, em diferentes etapas de produção e controle de qualidade, destacou a presidente da Fundação.

    Conforme acordado com o Ministério da Saúde, Nísia afirmou que a meta é de 130 milhões de doses até junho deste ano. “Sabemos que precisamos de mais doses, é um passo importante para que o Brasil possa produzir vacinas sem dependência do insumo importado”.

    Produzido por Camille Couto, da CNN, no Rio de Janeiro

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