Plano dos EUA de distribuição global de vacina pode ser apresentado nesta quinta
Secretário de Estado afirmou que o presidente Joe Biden deve divulgar detalhes do programa, que beneficiará países com base na necessidade
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse na quarta-feira que o presidente Joe Biden pode anunciar já nesta quinta-feira (3) os detalhes do plano de Washington para a distribuição global de 80 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus.
“Quero que saibam também que em poucos dias, possivelmente já amanhã, o presidente vai anunciar com mais detalhes o plano que montou para distribuir 80 milhões de vacinas em todo o mundo”, afirmou Blinken em uma reunião na embaixada dos Estados Unidos na Costa Rica.
Blinken reiterou que o plano de distribuição dos EUA seria coordenado com a iniciativa de distribuição equitativa da ONU, a Covax Facility, e teria como base a necessidade “sem quaisquer restrições políticas”
“Mesmo enquanto fazemos isso, devemos trabalhar muito para aumentar a capacidade de fabricação nos Estados Unidos e em todo o mundo, para que possamos estar à frente desse vírus e sermos os líderes em vacinação no mundo” disse o secretário de Estado.
Blinken disse que, de acordo com a trajetória das vacinações algumas semanas atrás, de 70% a 80% das pessoas em todo o mundo não seriam vacinadas até 2024.
“Podemos acelerar isso, vamos acelerar isso”, disse ele. “Acho que temos a oportunidade de chegar neste patamar até o final do ano que vem. Portanto, fiquem atentos.”
Blinken disse em uma entrevista coletiva na Costa Rica na terça-feira que o governo Biden se concentraria na distribuição equitativa das vacinas e não criaria amarras políticas ao processo, uma crítica dirigida à China.
Biden disse que seu governo enviará ao exterior pelo menos 20 milhões de doses das vacinas da Pfizer/BioNTech, da Moderna e da Johnson & Johnson, além de 60 milhões de doses AstraZeneca que ele já planejava dar a outros países.
O governo Biden está sob pressão para compartilhar vacinas e ajudar a conter o agravamento da pandemia na Índia e no Brasil, onde especialistas em saúde temem que novas variantes mais contagiosas do novo coronavírus possam prejudicar a eficácia das vacinas disponíveis.