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    Decisão sobre Pfizer e Janssen já ultrapassou o Ministério, diz Pazuello

    Ministro da Saúde reconhece piora nos índices da doença em vários pontos do país

    Rachel Vargas e Anna Satie, da CNN, em Brasília e em São Paulo

    Em pronunciamento na tarde desta quinta-feira (25), o ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que a decisão sobre a autorização das vacinas contra Covid-19 da Pfizer e da Janssen “ultrapassou o Ministério” e agora é discutida pelo Congresso e o governo federal. 

    “Pfizer e Janssen, estão o Congresso e o governo federal debruçados sobre a autorização para cumprir as cláusulas que eles estão exigindo, uma discussão do mais alto nível”, disse. “Ultrapassou já o Ministério, que chegou no seu limite de negociação e subiu para o nível do governo, tratando com o Congresso”. 

    Ele também citou o projeto aprovado nesta quarta (24) pelo Senado, que permite que estados, municípios e o setor privado adquiram vacinas contra Covid-19. 

    “O Senado está fazendo uma proposta, já votou, vai para a Câmara, vai para o presidente assinar. Isso está sendo discutido nesse nível”, declarou. 

    Ontem, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que poderia vetar um esforço do Congresso nesse sentido, afirmando que seria “uma extrema responsabilidade” dar “a palavra final” sobre o imbróglio a respeito da responsabilização de eventuais efeitos colaterais da vacina da Pfizer contra a Covid-19.

    O governo contesta uma cláusula no contrato das vacinas, que prevê empresas não sejam responsabilizadas por eventuais efeitos colaterais e não sejam julgadas em tribunais brasileiros por questões relacionadas ao imunizante.

    Promessa de imunizar toda a população em 2021

    Pazuello também disse que acredita que o país tenha capacidade para imunizar toda a população apta a receber a vacina contra Covid-19 até o fim de 2021. 

    “Acredito que nós teremos capacidade de vacinar a metade da população vacinável do país até a metade do ano, e a outra metade até o final do ano”, afirmou, acrescentando que crianças, gestantes e outras populações não podem receber os imunizantes disponíveis no país. 

    O ministro também reconheceu a piora nos índices da Covid-19 em várias cidades do Brasil e declarou que “estamos enfrentando uma nova etapa da pandemia”. 

    “Hoje o vírus mutado nos dá três vezes mais contaminações e a velocidade com que isso acontece em pontos focais pode surpreender o gestor, em termos de estrutura”, disse. 

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