Pazuello diz que governo espera ‘avalanche’ de propostas para comprar vacinas
Ministro destacou que cada nível do Executivo tem uma competência responsabilidade referente ao Sistema Único de Saúde
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo conta com o recebimento de propostas de compra de vacinas de diversos laboratórios entre o fim de janeiro e fevereiro. “Em janeiro e começo de fevereiro vai ser uma avalanche de laboratórios apresentando propostas [para o Brasil], porque são 270 iniciativas no mundo produzindo vacinas”, comentou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21).
Ele destacou, no entanto, que a seleção dos imunizantes a serem usados no Brasil continuará sendo feita com cautela. “Temos que estar com muita atenção e cuidado para colocar todas (as vacinas) disponíveis o mais rápido possível mas dentro da eficácia e da nossa capacidade de colocar no lugar certo, na hora certa”.
Como medida paralela às vacinas, a pasta também apoio o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) a lançar o programa ImunizaSUS, que vai transformar as unidades básicas de Saúde (UBSs) em salas de aula. O objetivo é capacitar cerca de 94 mil profissionais de saúde que atuam diretamente na imunização da população dos municípios brasileiros.
Assim, o ministro destacou que cada nível do Executivo tem uma competência responsabilidade referente ao Sistema Único de Saúde (SUS). “O nível federal tem responsabilidade normativa, projetos, programas, recursos, acompanhamentos. Tem todo o trabalho de distribuição de vacinas, contratação de projetos de desenvolvimento, receber demandas e estudá-las. Esse é o ministério. O mesmo ministério não tem ação prática na sua constituição. Quando vai para estados e municípios, aí sim temos a execução, que está 100% está nos estados e municípios”, observou.
Ainda segundo Pazuello, o ministério não toma “nenhuma decisão sem pactuar com o Conasems e o Conas (Conselho Nacional de Saúde)”. “A compreensão disso é para que todos entendam que a decisão não está centrada em Brasília. Ela está tendo os olhos dos estados e os olhos dos municípios, para que a decisão seja o mais abrangente e democrática possível”, completou.